Mark Sparacio, autor que não foi possível identificar
Entender é fácil e agrada-me numa parte do todo: desejo de participar em tertúlias sem arredo da cadeira almofadada – a verdade é que cada vez mais escasseiam (até o Vavadiando está suspenso!) -, volver ao trabalho ou à lida doméstica, espreitar de novo, interromper e assistir ao desafio de futebol, arrumar pendentes, viajar num filme ou nas «têvês» ou por músicas e escritas várias. Saudável entreter permitido pelos meios tradicionais a que o hoje acresce redes sociais, jornais do mundo, vídeos e blogues. Alargada a panóplia de quem não desmerece estar com o lugar de todos.
Desentender, porque fundamentado em atitudes longínquas dos meus horizontes, é, de modo contraditório, igualmente fácil: escoar descontentamentos pessoais, bílis incómoda, azia sem Pepsamar na reserva das emergências, insónias, mandar a sítio pouco recomendável, quiçá merecido!, o chefe da repartição que não pára de atazanar ouvidos e cabeça do funcionário em serviço. Afinal, os seres humanos primam pela (ir)racionalidade.
Não aceito, por liberal que seja o SPNI, tamanho chorrilho de ofensas directas e indirectas entre comentadores como as que ciclicamente infestam este sítio. Haja contenção senhoras e senhores! Critiquem, demolir textos não me aflige, mas o respeito entre gentes é bonito de ver, melhor ainda de ler. Ora, sendo a concórdia e o pendor para a harmonia traves da minha matriz, não reservo bom grado a três «ós»: ociosidade ofensiva e ostensiva. Há dizeres com graça que melhoram incrivelmente maus fígados. Vantagens: é estimulada a imaginação traduzida em palavras escritas, a reinação cresce – o pretendido! – e o pessoal sai aliviado de maçadas exteriores, dentes isentos de rangidos. Acordar para a subtileza cordial é tão, mas tão mais divertido... Que tal descobri-la como alguns comentadores fazem com mestria?
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros