Esqueça aqueles edifícios impessoais com corredores enormes e quartos e quartos seguidos com portas iguais de um lado e do outro. O “Sextantio” é algo de único e completamente diferente. O seu nome completo, “Sextantio Albergo Diffuso”, explica o conceito deste hotel, que está distribuído por entre as casas dos residentes de uma aldeia do século XVI, no topo de uma montanha na região de Abruzzo, em Itália. Os quartos estão espalhados por entre as várias casas e edifícios da aldeia. São 29 e são surpreendentes.
A traça original dos edifícios foi mantida e os quartos conseguem ser antigos e modernos ao mesmo tempo mas com todo o conforto do século XXI: chão aquecido, internet, casas de banho com assinatura de Philippe Starck, como a famosa banheira em forma de ovo, e lareiras restauradas que ainda conseguem fazer um lume imponente e aconchegante. Há também uma pequena “cantina” onde se pode tomar o pequeno-almoço ou um digestivo e um restaurante que serve gastronomia típica da região.
A ideia é viver como os locais, bom, com condições “ligeiramente” melhores, a começar pela decoração dos quartos. Mas, pelo menos, não corre o risco de se sentir isolado num qualquer bar de hotel ou num quarto igual a tantos outros no meio de um infindável corredor com um ar condicionado incontrolável. Aqui, a cerca de duas horas de carro do aeroporto de Roma, vai sentir-se um aldeão em pleno meio rural italiano.
A partir de 150 euros por noite, pode dormir num destes maravilhosos quartos com lareira, tomar banho numa destas banheiras magníficas, desfrutar de uma paisagem de sonho, aproveitar para conhecer a história, a arquitetura e o património local de uma região de uma beleza rara, e, sobretudo, namorar, namorar muito, porque este ambiente não pode ser mais romântico.
CAFÉ DA MANHÃ
Alberto Vargas
Corre um Verão lindo nascido há um mês. Pingos de chuva abençoam o que a terra faz crescer neste extremo pobretanas, mas soalheiro, duma Europa a tantos que nem sei quantos são. Pior _ nem um clique faço para me informar do que, porventura, devia, mas não apetece. O calor e o remanso esperado pedem actos outros: pele nua, trapos mínimos, sandálias rasas ou espigadas em saltos. Esquecer o despertar condicionado. Liberdade. Provar o sumo da vida e a doce embriaguez que provoca. Dar o impossível para alcançar o tutano dos dias.
E se o Manuel Alegre, respeitável cidadão, quase foi elevado ao céu e envolto em panegíricos na despedida da Assembleia da República, acho bem. Os deputados vão de férias. A Justiça vai de férias. Os alunos estão em férias. Os professores também. Os desempregados continuam, desgraçadamente, em férias. O país entrou em férias ainda que finja o contrário.
Quem tem paciência para seriedades de meia-tijela?
_ Eu não!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros