A carne nova come-se com velhos garfos.
Época nova não a fizeram os automóveis
Nem os tanques
Nem os aviões sobre os telhados
Nem os bombardeiros.
As novas antenas continuaram a difundir as velhas asneiras.
A sabedoria continuou a passar de boca em boca.
Bertold Brecht
Nas últimas semanas, pai e filho sucateiros não devem ter fechado a boca de espanto.
_ Onde errámos, Senhora de Fátima? Tudo isto porque não percebemos de leis? Qual a diferença que nos distingue dos muitos empresários portugueses que fizeram o mesmo? Fomos «dentro» e pagámos milhares em cauções. Os outros continuam o ramerrame do tráfico de influências e «luvas» por conta de favores, sem que os respectivos nomes vendam jornais e sejam enchido nos noticiários e telejornais.
Na história da sucata, o Estado está enterrado até ao gorgomilo através da EMEF, do Exército, da EDP-Imobiliária, da Refer, da Lisnave. Mais haverá pingando aos poucos da caleira furada.
A empresa sucateira até possui designação ecológica: "O2 - Tratamento e Limpezas Ambientais". O proveito suposto ilícito de 1,240 milhões de euros mais não deve ser que fracção menor dos biliões arrecadados de modo idêntico. O oculto somente virá à tona se interesses dispersos quiserem.
A pedagogia sobrenadante do sedimento desta «lata» toda envolve a justiça, o jornalismo, os poderosos e o gorila chamado estado. Sorrisos mentirosos e «cunhateiros» no retrato que os portugueses não digerem. Nem devem. Alerta estamos, assim a memória não seja encurtada pelos envolvidos vestirem fato, gravata e alvo colarinho.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros