Elizabeth Austin
Bijutaria - pequena obra feita com perfeição e destinada a enfeite ou adorno. Do francês bijou. O dicionário não se alarga, mas qualquer mulher diria mais. Adornar é o pretendido, mas são a cor e o frívolo a enfeitiçarem. Missangas, pedra, osso, flores, conchas e plumas, tudo serve na certeza da originalidade e pormenor fashion. Basicamente, acessório certeiro, a par da fenda na saia ou do botão despejado da casa, pode ser arma poderosa que Patton não renegaria ou estratégia mais avassaladora que a blitzkrieg.
Camisa entreaberta, e lenço curto de algodão rematando o pescoço, sugerem resistência partisan, emboscada, esperança na França Livre. Colar de pérolas recortado no colo despido pelo decote de um tailleur, é batalha de Stalingrado - início de capitulação. De quem?
Jeans justos alcandorados em saltos, sem colar ou brincos étnicos, ficam tão desprotegidos como o Afrikakorps de Rommel. Já os bordados de duvidoso gosto nas honestas gangas, são kamikases (espatifam o requinte sem apelo nem agravo). É certo que o recheio dos jeans é tão decisivo quanto o talento do Montgomery. E é simples existe ou não! Quando as curvas traseiras rematam pernas longas coladas ao tecido, lembram resposta ao ataque japonês à base havaiana de Pearl Harbor: declaração de guerra ao Eixo. Masculino, entenda-se.
As que pecam por excesso nos enfeites, se por um lado lembram abeto natalício tão decepcionante como um capilé morno, por outro são rés quotidianas do julgamento «nuremberguiano» das suas pares. E pior do que uma mulher a julgar outra, só mesmo um homem! Ao ritmo do fundo musical de Jonh Addison, "A Bridge Too Far", melhor mesmo é assobiar.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros