Michele Del Campo
Na Escola Secundária Camões, em Lisboa, 28 salas, 5 onde decorrem exames. Em Faro e Tavira, nenhum. Escola de Cinfães coloca 118 alunos a fazer o exame de Português no refeitório. Outras escolas optaram pelos ginásios de modo a diminuir o número de professores vigilantes. Escolas com 100% de adesão, incluídos os diretores executivos. FENPROF e FNE anunciam que 90% dos professores fizeram greve ao primeiro exame de hoje.
Esta é a maior greve de sempre levada a cabo pelos professores, também pais de jovens afetados, em luta por uma escola pública de qualidade e manutenção dos postos de trabalho. O previsto aumento do número de alunos por turma, atualmente já excessivo, é exemplo. Infelizmente, muitos outros existem.
O Ministério da Educação constituiu reféns os alunos da falta de equidade pela teimosia em manter o calendário pré-estabelecido dos exames nacionais. Informado com antecedência da data da greve às avaliações - incluídas reuniões de Conselhos de Turma que ditam resultados finais dos alunos -, mais tinha que o modificar. De facto, muitos jovens respondem hoje à prova nacional ignorando as «notas» obtidas, se reprovaram ou foram admitidos à sequência de exames. O escândalo culmina com a falada alteração da lei de greve. A cada dia, o regime esmera-se em canibalizar os direitos dos cidadãos.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros