Almada Negreiros - Gare Marítima de Alncântara
Dia de trindade de festanças. À uma, marchas populares deslizando na noite lisboeta ali prás bandas da Avenida. Às duas e a escassas horas anteriores ao desfile de cetins berrantes mais os arcos com seus balões, o espetáculo de abertura do Mundial de Futebol concebido por empresa nossa de Leiria. Às três, o primeiro jogo: Brasil-Croácia.
Para «mouro» aficionado de futebol e das coreografias marchantes apreciadas in loco que tenha por costume escolher com antecedência lugar para nada perder da noite rainha de «Lesboua», a opção está difícil: ou Mundial e jogatina ou o meneio apurado das ancas bairristas.
Apostando no três em um, configuro lisboeta avançando para as marchas munido de tablet. Possível nos intervalos entre saracoteios, mandar bocas no Facebook, seguir as últimas do Brasil, ou não saiba um português a conjugação do verbo desenrascar de cor.
CAFÉ DA MANHÃ
Painel cujo Autor que não foi possível identificar, Bottelho.
Completam-se hoje, dia de Santo António, os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa. Vários são os poemas que dedica a Santo António ou o menciona. Lá para baixo, um deles.
Almada Negreiros - "Marcha Nocturna"
Santo António
“Nasci exactamente no teu dia —
Treze de Junho, quente de alegria,
Citadino, bucólico e humano,
Onde até esses cravos de papel
Que têm uma bandeira em pé quebrado
Sabem rir...
Santo dia profano
Cuja luz sabe a mel
Sobre o chão de bom vinho derramado!
Santo António, és portanto
O meu santo,
Se bem que nunca me pegasses
Teu franciscano sentir,
Católico, apostólico e romano. (...)
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros