Zamknij Okno, Eric Drooker, autor que não foi possível identificar
Não bastava o bastante, ou à conta disso mesmo, o estádio Magalhães Pessoa de Leiria, um dos (mal) utilizados no Campeonato Europeu de Futebol em 2004, será vendido em fatias: relvado por tanto, estacionamento por tanto diferente, bancadas por tanto outro. Mais parece tratar-se de um salame de chocolate que inteiro é indigesto. Acho bem! Num país com bolsos rotos, a solução fácil é vender o que resta e aboleta, quantas vezes, funcionários a mais, administradores chupistas e instituições ociosas. Tal como no estádio Magalhães Pessoa, só a manutenção desbarata o que não temos: dinheiro. Não é à toa que, a partir de hoje, somos lixo para a agência «ratona» Moody’s.
Os Estados Unidos, também ensarilhados com a dívida nacional que não pára de crescer como o pé de feijão da história dos irmãos Grimm, já engendram poupanças. Exemplo é o Empire State Building que utilizará energia eólica, após no ano passado ter estabelecido reduzir até 2013 o consumo de energia eléctrica em 38%. A reforma inclui sistemas de ar condicionado, aquecimento e substituição das janelas, de modo a aproveitar melhor a iluminação natural. Investimento vultuoso, mas extremamente sensato a médio e longo prazo – ganha o planeta, poupam eles. Antes tarde do que nunca esta mudança no pensar americano.
Nos “States”, furou as contas o deslocamento do Pólo Magnético da Terra. Então não é que foge cerca de 64Km por ano na direcção da Rússia? Abandonou o extremo norte de Canadá e decidiu avançar. Volúvel, heim? Se para a maioria das gentes o facto nada diz, o mesmo não acontece com o aeroporto de Tampa, na Florida obrigado a mudar a orientação das pistas, ainda que, a bem da paz, não para Meca.
CAFÉ DA MANHÃ
Carlos Botelho
Ao novo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, já foram tecidas loas devidas também ao respectivo percurso como brilhante académico. Funções iniciadas, lamentou não ser Portugal a Florida da Europa. Temos latitude semelhante, clima ameno, gente afável, soberbo território e tradições que surgem como factores/lastro da possibilidade.
Em belezas naturais fica a perder a Florida e ganha por muitos o nosso país. Se houve alturas em que rejeitei liminarmente a ideia de sermos o INATEL europeu, a história recente do descalabro económico que nos enferrna obriga a avaliar outros pensares. Atrasámo-nos em relação a Espanha que a tempo lobrigou o potencial turístico planeado com qualidade assente na procura e sem preocupações selectivas – o designado ‘pé-descalço’ tem direito a lazer e divertimento que o calce em forças para o resto do ano.
À boa maneira das vistas curtas portuguesas, estragámos pérolas ambientais, demorámos a dar formação aos empregados e patrões do sector turístico, apostámos no improviso e no laxismo. Restando quase impolutas certas regiões, é hora de inaugurar nova era. O Alentejo e o Norte e o Centro com magníficas serras e águas termais e belezas de espanto merecem atenção. Que o planeado seja bem estruturado e formoso, que seja promovido o termalismo.
Não sendo possível emendar erros antigos, que o novo aprenda com eles. Entre outras, existe área empresarial capaz de ajudar eficazmente a recuperação económica: turismo de excelência para «estranjas» e nacionais.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros