George Petty
Polícias com objectivos mínimos a cumprir. Condição sine qua non para progredirem na carreira e aumentar em parcos euros o líquido mensal sustento da família. Esquecidos objectivos principais: garantir a segurança dos cidadãos e prevenir contravenções. Como medi-los? Antes disso: mensuráveis de outro modo que não pelas estatísticas anuais de criminalidade e índices satisfatórios da população?
Defendem alguns que repressão e multas, de per si, dissuadem infractores. Por tal, itens obrigatoriamente constantes dos parâmetros de avaliação. Onde fica, sendo o caso, a confiança anónima nos agentes fardadados e de rua sendo tidos por carteiristas legais? Industriada criancinha, no banco detrás do condutor, para acreditar na bondade/ajuda da polícia, como explicar que o pai ou a mãe foram multados, sem mais, ao estacionarem e afastados escassos metros da viatura que agente lobrigava há muito? Evidente a caça à multa, à obediência ao sistema de rentabilidade por objectivos internos. Polícia incumpridor dos mínimos obrigatórios com apitadela e gesto demolia, sem mais, a intenção óbvia do condutor.
Fossemos disciplinados e respeitadores, anjos desasados, sociedade utópica, nem sopros, nem multas, nem penas fariam sentido. Mas não. A pedagogia do 'pregaste-a, paga' é hipótese. A autoridade do 'não', pedagogia outra. Iguais na eficácia da prevenção? Nem um pouco! O povo sabe que vinagre não apanha moscas e tem resposta ‘desenrascada’ para contornar a prevaricação.
“Ou contribuis para encher cofres, ou tens vida num oito”, é alternativa desonesta. A polícia não é mais uma empresa entre outras _ cabe-lhe educar e manter seguros os cidadãos.
CAFÉ DA MANHÃ
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Peregrinando
Brasileiros