Ron Pfister
Vamos a contas. Os reformados da função pública e de outras entidades descontaram catorze meses ao longo da sua carreira contributiva. Fizeram-no com a justa expetativa de quando aposentados receberem na proporção equivalente ao descontado. Mas não. São remunerados apenas dúzia de meses, ficando dois para a má gestão pública. No extremo da linha de pesca dos logros, a vaga promessa governamental de em 2018 talvez a reposição fraccionada do direito por ora retirado. Para ato destes existe palavra significativa: roubo. Mais elaborado, Bagão Félix designa-o por confisco. Bem adivinhava que numa qualquer reviravolta do senhor ainda acabaria por lhe dar razão.
Piorando – Manuela Ferreira Leite, a tal senhora dura como granito e outrora tão azeda como hoje a Frau Merkel, assumiu que a insensibilidade social está a gerar alterações conducentes ao aparecimento de novos pobres cujo levantar económico será tardio ou impossível. Não sendo novidade que é chaga sem panaceia à vista, surpreende que quem orbita na orla do poder vigente o censure.
Como qualquer ponto requer nó, ambas as declarações devem pingar água do bico. Pelos antecedentes nacionais, o pobre desconfia.
Aplauso merece François Hollande pelas decisões primeiras do novo Governo francês: 30% de redução no salário do Presidente e dos ministros, regresso da possibilidade de reforma aos sessenta anos a partir de Junho, embora sob condições por definir. A ver vamos.
CAFÉ DA MANHÃ
Autor que não foi possível identificar, Alex Khrapko
Feliz, sim, com os resultados eleitorais em França. Desaparece o Nicolas, soyez le bienvenu François Hollande! Concedo ter sido digna a despedida de Sarko. Eufórica a celebração de François que lembra homónimo com apelido Mitterrand e tem como mentor. Dizem línguas viperinas que não fora a transformação por especialistas norte-americanos de mercado do ex-cinzento Hollande numa figura correspondente ao respetivo pensar e objetivo de vencer as presidenciais, o Sarko e a Bruni continuariam no Eliseu.
É extraordinário como os povos configuram numa personalidade a resolução de todos os problemas que o afligem. Mas o direito à esperança existe. Mas é legítimo que nesta Europa conjugada, até agora a duas vozes – Sarkozy e a da Merkl que de angelical nada tem – outras se ‘alevantem’ e ajam de modo diferente na condução desta bonne(?) vieille Europe.
Pelas eleições francesas, as gregas ficaram desfocadas. Na Grécia, o caldo resultante talvez comporte novidade. É na espera que navegaremos até o concreto surgir. Vale saber que «troiquices» não desfiguram a natura grega do azul mediterrânico e branco.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros