Mechanical Lion - Leonardo Da Vinci Self Portrait by Leonardo Da Vinci
Contam que Leonardo da Vinci, já adulto, só lembrava dois episódios de infância: o da «pipa» descida do céu que pairou sobre o seu berço, as penas e cauda roçando o seu rosto de bebé, e o da caverna onde penetrou e lhe impôs terror pela curiosidade sobre o monstro que adivinhava lá dentro. Quem sabe se razões para a fortuna singular do génio com imaginação imparável.
Dos contos e recontos, sobressai o que relata a encomenda de um camponês. Coisa simples: pintar um quadro, uma placa circular ou um escudo. Leonardo, adolescente, concebeu serpentes debitando fogo, talvez um dragão. Imagem terrível e inesperada que Ser Piero, o pai, decidiu vendê-la a um negociante de arte. O florentino vendeu-a, depois, ao Duque de Milão. Ser Piero, com os lucros da venda, adquiriu placa ao gosto da época - flecha penetrando um coração, deliciou o camponês.
Da vida privada de Leonardo pouco é sabido e muito o especulado. Acusado de sodomia, foi absolvido. Aspeto que, afirma quem sabe, importa considerar para melhor entender as magníficas criações.
Após a reconquista de Milão, Francisco I da França encomendou ao Mestre um prodígio: leão mecânico que caminhasse à frente do rei e, ao abrir o peito, soltasse ramo de lírios. Como recompensa, recebeu o solar de “Clos Lucé”. Viveu ali três anos acompanhado pelo seu fiel aprendiz e amigo, o conde Francesco Melzi. O fim chegou em solo francês e não na soalheira Itália cuja luz e magia genialmente recriou.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros