Sexta-feira, 16 de Maio de 2014

DEPUTADOS EM COMÉDIAS AO DOMICÍLIO

 

Mark Bryan, The Magic Trick                                                                          Mark Bryan, The Dog Show

 

Arrotam fatias de pescada congeladas pelos nomes e nomeadas deslizantes por séculos e/ou gerações. Inexistindo o que dizer/sentir em palavras originais, a «rede» fornece sortido vário – basta «googlar» e posterior arquivo nos ‘favoritos’. De mal semelhante padeço – pela falta tempo ou vontade para mercar peixe fresco. Servem de mote quando a respiração criativa está minguada.

 

«Máximas» alheias debitadas ao acaso são como ondular carneiro das ondas estando o vento de feição. Nem ajeitam o surf, nem o mergulho ou lava-pés ao esconderem fundões. Por isso me divirto com debates parlamentares. Deputados podem valer menos do que tampas plásticas que, ajuntadas, compram, dizem os engajados, cadeiras de rodas, mas  é incontestável inovarem tiradas galhofeiras. Têm graça na desgraça. Esgrimem desditos. Humoristas/cópias de «Gatos» e do Herman quando era vivo. Graciosamente, são pandilha de comédia que desobrigam largar a domesticidade. Na Assembleia, manhãs e tardes pejadas de graçolas servidas ao domicílio. O espectador em pijama ou pior – slips encardidos e/ou rolos na cabeça. Os comediantes são pinóquios de carne e osso enfeitados por fato e gravata. Compõem personagens credíveis. Irresistíveis para quem não desdenha o humor. Pela interpretação em palco nacional, merecedores dos ganhos. Rejeitando a malta ida ao teatro, trazem cenas a casa. Bem bom!

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 10:46
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
Sábado, 5 de Março de 2011

DESDE OS EVARISTOS

Graham McKean, Morgan Kane

 

O riso é fonte de sabedoria, possível se nos distanciarmos das coisas e as abarcarmos num todo. A perspectiva fica, então, mais real do que o próprio real. E pode dar para rir, esse real assim distante.

 

Rir não é futilidade, é um acto da inteligência. E se não entendemos uma piada rimo-nos na mesma. Então não está toda a gente a rir? Contagia! Se não rimos mais é porque, fado nosso, estamos sempre com saudades de qualquer coisa.

 

Dos chapéus de Evaristos, limitados que estavam a entreter bebedeiras com candeeiros, desembocámos no Zip Zip metaforizando piadas através do Raul Solnado. Os tempos só admitiam sarcasmos com disfarce. Mais tarde, Herman, Diáconos e Companhia apontariam o dedo à indecorosa realidade com «paletes» de imaginação. Muito assessorada e repetida, é certo; para alguns e pela mesma razão perdido o gargalhar espontâneo que as graças «Hermanistas» provocavam. Os Gatos Fedorentos renovaram o riso começando por rir deles e somente depois da audiência que cresceu até patamares imprevisíveis. Têm essa rara competência: fazer rir. De tudo e de nada. Ou porque rir dá vontade de rir e é saudável: acresce anos de vida e suaviza males.

 

Não havendo de que rir, seja encontrada razão no quotidiano fértil em picarescos momentos. Bem espiolhada a realidade, só não ri quem deseja preservar a face de rugas ou é misantropo convicto.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:43
link | Veneno ou Açúcar? | ver comentários (8) | favorito

últ. comentários

Olá. Posso falar consigo sobre a sua tia Irmã Mar...
Olá Tudo bem?Faço votos JS
Vim aqui só pra comentar que o cara da imagem pare...
Olá Teresa: Fico contente com a tua correção "frei...
jotaeme desculpa a correcção, mas o rei freirático...
Lembrai os filhos do FUHRER, QUE NASCIAM NOS COLEG...
Esta narrativa, de contornos reais ou ficionais, t...
Olá!Como vai?Já passaram uns meses... sem saber de...
continuo a espera de voltar a ler-te
decidi ontem voltar a ser blogger, decidi voltar a...

Julho 2015

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

pesquisa

links

arquivos

tags

todas as tags

subscrever feeds