Tori Amos, Gayle B.
Por pouco não voltámos a idos de má memória em que a maioria do povo enfiava os pés em tamancos. Estivesse disseminada a venda, dois pares de meias de lã substituíram o couro em falta no calcanhar. Ainda assim, no presente estado do Estado são gastos quatro milhões de barões nas presidenciais. Não foi interrompida a tradição de subvencionar à grande e à portuguesa os candidatos consoante ‘os por cento’ obtidos na eleições - o Dr. Cavaco levou metade do total, o Dr. Alegre menos de um quarto, o Dr. Nobre mais do que o esperado pela retumbante vitória apartidária. Pois não entendo o tamanho da subtracção aos magros proventos nacionais.
Quem nada percebe de economia e finanças, menos ainda de orçamentos que vão além da economia doméstica, geriria o pecúlio de todos como o do dulcíssimo lar: estipulava verba sensata para os gastos da prova democrática e, porque no acto da candidatura todos os concorrentes ao prémio devem merecer tratamento semelhante, repartia-a em fracções iguais. As engrenagens partidárias que se amanhassem. Que os independentes não constituíssem, in factum, equipa agachada sob o espectro de não atingirem os 5% estipulados para as tornas. Que todos os candidatos soubessem cada número apresentado sujeito a lupa diligente. Proibidas romagens supostamente à borla (na realidade pagas com os impostos que a cada um levam demasiados barões mensais) dos potenciais votantes em autocarros para fazerem número e barulho e agitarem bandeiras nas jantaradas e comícios. Bugiganas/ofertas (incluídas refeições destinadas à populaça), reprovadas. Podemos gostar de festanças, mas poupar é urgente.
Quatro milhões é obra! Constituem gota de água na peste do despesismo nacional. Mas é, à mesma, demais. Anda o povo a comer frango, salsichas e atum há ror de tempo - quem empobreceu nos dias a dieta é indicado para relógio - e vem notícia da desvergonha. É certo, devíamos estar informados sobre as linhas de coser. Mal comparado, é como a barulheira pela ineficácia do cartão de cidadão na hora de votar. Não devia a Comissão Nacional de Eleições ter divulgado nas rádios, «têvês» e jornais as cautelas sabidas e precisas? 4 000 000 de euros também chegam para utilidades, ou não?
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia de Açúcar C.
Gayle B.
Quem experimentou enfarte do miocárdio, frequentemente, teme o esforço duma relação sexual. Pois não deve – quem sabe afirma-a, no esforço, semelhante à subida de lanço de escadas ou a caminhada de trinta metros em terreno plano. Isto, se o acto entretiver o «ex-enfartado» e a companheira habitual - sexo/«estreia» sobe o nível de ansiedade e terá de esperar. Duas semanas após o enfarte, ausentes complicações, que a pessoa retome a vida normal. Conquistas médicas facilitam quotidianos benquistos para o indivíduo.
Mas há que contar com infidelidades sexuais. Investigadores apuraram a desigualdade salarial como potenciadora de bicadas extraconjugais timbradas ou não. Tenham eles ou elas peso económico inferior nas contas domésticas, camas outras interpelam sentidos que neste domínio contam. O porquê é inquietação. Quais os meandros que constituem o domínio económico de um elemento do casal como lei motiv para o parceiro diversificar experimentações eróticas? Equilibrar auto-estima carecida de valorização pela via sexual?
Para modestos entendimentos como o meu, se um dos acasalados auferir salário mais graúdo que o do outro favorece ambos. Em que curva cerebral estará alojado o erotismo adúltero do caso? Ignoro. Todavia, existem premissas para a vida dum par feliz. Talvez, dizeres íntimos como este:
_ Não troques pela carreira quem és e quero. Provemos o enlace romântico que nos une mais sólido, mais seguro do que cofre de haveres e poderes. Gozemos o prazer da nossa gaiola soalheira sempre com a porta aberta. Evitemos distracções do essencial mútuo. O teu dinheiro não é afrodisíaco para mim. O nosso amor canta independente e liberto dos atilhos largos que os bancos te creditam mensalmente.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros