Gayle B. Tate, autor que não foi possível identificar
Nasceu na Suécia, oficialmente a meio da década de sessenta, de facto quando rondavam os anos trinta. Cooperativa com 50 000 membros hoje e um crescimento de 5% em 2007. Propósito: os sócios emprestam dinheiro uns aos outros sem que juros existam. Transformou-se em banco no ano de 1997 como JAK Medlemsbank, continuando propriedade dos associados. Mais do que banco é um movimento social, um sistema financeiro revolucionário numa economia como a usual baseada nas taxas de juros. Nestas, “o dinheiro é transferido dos mais pobres para os mais ricos, até se concentrar nas mãos de uma minoria. A massa total do dinheiro que circula no mundo é constituída, quase exclusivamente, pelo dinheiro proveniente das dívidas e das taxas de juros. Este dinheiro especulativo não assenta em qualquer valor real, isto é em bens e serviços.” O crescimento exponencial desta massa monetária especulativa acabou por atingir a ruptura e está a provocar o desmoronamento da economia mundial no presente.
Mas como funciona o JAK Bank? Um associado precisado dum empréstimo, tomemos como exemplo 14 000 euros num período de onze anos, havendo depósitos dos associados nesse montante, irá pagar mensalmente:
15 euros por mês de despesas de funcionamento; 106 euros por mês de reembolso do empréstimo; 106 euros por mês numa conta poupança obrigatória; No total, 15 + 106 + 106 = 227 euros por mês
De modo simples: pago o empréstimo recebe valor equivalente entretanto utilizado para financiar outros sócios. Se preferir manter a conta para qualquer eventualidade deverá criar nova conta poupança obrigatória num montante inferior.
Os empréstimos de JAK não são grátis. Para o serem a cooperativa teria que funcionar somente com o trabalho de voluntários, e, mesmo que no princípio assim tenha sido, chegou o momento em que o número de membros cresceu tanto que a cooperativa se profissionalizou. Hoje, JAK conta com aproximadamente 30 empregados e alguns gastos fixos compensados pela taxa administrativa anual de 2% do empréstimo. Seguindo a filosofia de cooperativa democrática, é prestada formação aos membros que, regularmente, assistem a cursos organizados por JAK e, como tal estão preparados para o divulgar a todos os seus contactos. Reverte para a instituição o dinheiro que gastaria em publicidade.
Como remate: o JAK passa qualquer teste de stress por não ter passivos, apoia projectos que desejem levar adiante iniciativas similares noutros países. O nosso, pelo cancro dos juros próprios do decrépito sistema capitalista, pelos bolsos rotos dos cidadãos e pelo aperto do cinto, está arredado.
Ontem foi o dia, o dia último do menos mal! Doravante, são inaugurados os dias do vai a pior. Começam pelo manto do medo que pinta com negro o horizonte dos deserdados de fortuna, da depauperada classe que já foi média e rasa, agora, a pobreza. Sem levantar ponta do negrume e ao comando dos cofres vazios, temos o Sr. Poul Thomsen. Dinamarquês. Perito em regular dívidas por saldar e bancarrotas avizinhadas(?) como a nossa. Amocharemos ao querer do novo rei de Portugal? _ Nem pensar! Pequenotes, mas orgulhosos empinaremos o nariz, ou a mulher q’isto escreve não s’a(ssa)ssine Teresa C. E daí não sei – odeio idear o meu passamento causado por teclas emotivas que irritem aléns (desa)creditados e me transtornem o coração, saudável até ao momento.
Provado está por gentes credenciadas que os cães da ‘marca’ border collie compreendem nomes de número superior a mil objectos, bem como instruções para buscar cada um. Parece que a cadela Chaser aprendeu tudo direito e não é antevisto limite que confine a aprendizagem. A cadela – tinha de ser fêmea! – é habilidosa: evidencia aptidões para recepcionar linguagem humana, discriminar visualmente objectos e entender vocabulário dos sapiens. Olha a maravilha que os investigadores almejaram! P’ra mais, a Chaser combina entendimento de substantivos e verbos – “aprendeu que a palavra 'brinquedo' se referia a todos os 1.022 objectos com os quais ela podia brincar”.
Melhor que os border collie entenderemos instruções; alinharemos vontades de ‘não!’ ruidoso ou sim conformado. O Sr. Poul Thomsen que experimente chavões indiferentes às profundas assimetrias sociais. Vale manter-se mudo e, silenciosamente, regular milhões tramados que nos tramam e resgatam país com eira e nem à beira do siso.
É preciso mexer o estabelecido, é precisa revolta indignada, contestar atropelos à arte de bem roubar, infractora, criminalizada. A P.T e a Portucel, outras empresas grandes, aprestam-se à condição de larápios (im)perfeitamente legalizados – distribuem dividendos antes do final do ano e surripiam aos impostos do próximo maquia impressiva. Se lhe forem juntos milhões por cobrar pela lentidão, também informática, da máquina fiscal, seriam dispensáveis cortes salariais na Função Pública. É que doem como o desemprego de famílias inteiras, deixam-nos gregos como alguns gregos com mil euros a menos no pré mensal. Não seja falada a Irlanda cujo problema cerne é bancário. Nós, portugueses, temos «banca rota» em cima, mais espessa que manta de fitas sobre colchão de palha.
Inconstitucionalidades para cá e para lá, verdade certinha como a tolerância de ponto nesta sexta para os trabalhadores públicos do Estado em Lisboa é nos anos próximos jamais recuperarem vencimentos de hoje. E não seja dito serem os socialistas uns trastes porque os »pêssedês» sabiam tudo ao «apanelarem» o orçamento. Depois, há a manipulação política do Tribunal Constitucional virado para um lado só.
Após a inevitável revolta social que veículos blindados a chegar não desmoralizam, eleições. Extraordinária é a maneira como os jovens socialistas da Catalunha induzem os seus pares a enfiar votos nas urnas. Mais não digo por tudo dizer o Café da Manhã.
Nos três próximos anos, o desequilíbrio das contas públicas em Espanha obriga a redução de 50 mil milhões de euros na despesa pública. Em 2009, um milhão de empregos foram perdidos – pico inusitado na última década. Números redondos: 20% de desempregados. Os portugueses que por lá trabalham foram dos mais afectados pela horda de despedimentos. Que, enganadoramente, não seja julgado conforto o mal alheio. Quando 25% das nossas exportações têm endereço espanhol, tossir lá é pneumonia aqui.
Murteira Nabo colocou bem pintas nos «is». Que seja aumentado o investimento em obras públicas capazes de aumentar riqueza e fornecer retorno a curto/médio prazo. Exemplificou: hospitais, renovação de escolas secundárias, outras construídas de raiz englobadas em qualquer nível de ensino - universitário incluído e acoplado a investigação de ponta.
É certo termos povo cada vez mais escolarizado e menos «formado». A multiplicidade de licenciaturas é absurda – as mais das vezes para nada servem e ludibriam os inscritos. Universidades ofertam útil e logros – do maior número de candidatos à frequência decorrem subsídios aos orçamentos. Que seja imposto filtro. Racionalizados os gastos se o destino é ausência de procura dos diplomados.
Roubini, o profeta/guru norte-americano em economia, afirmou: _"Se a Grécia cair, é um problema para a zona euro, mas se a Espanha cai, é um desastre". Englobou os países mediterrânicos: _ “Portugal, Espanha, Itália e Grécia enfrentam não só um endividamento público crescente, mas também um problema de competitividade. Mesmo que estes Estados resolvam a dívida, o problema da competitividade persiste.”
A zona euro treme. Periga. Jean-Claude Trichet defende-a: _ “A Grécia não é a Finlândia e a Espanha não é a Alemanha. O défice público conjunto dos vários Estados é inferior ao norte-americano.”
Obama e Comunidade Europeia carecidos de lança em riste. Ou a empunham, ou o mundo económico vai a pique. Excepção: a China.