Gayle B. Tate

 

Ontem foi o dia, o dia último do menos mal! Doravante, são inaugurados os dias do vai a pior. Começam pelo manto do medo que pinta com negro o horizonte dos deserdados de fortuna, da depauperada classe que já foi média e rasa, agora, a pobreza. Sem levantar ponta do negrume e ao comando dos cofres vazios, temos o Sr. Poul Thomsen. Dinamarquês. Perito em regular dívidas por saldar e bancarrotas avizinhadas(?) como a nossa. Amocharemos ao querer do novo rei de Portugal? _ Nem pensar! Pequenotes, mas orgulhosos empinaremos o nariz, ou a mulher q’isto escreve não s’a(ssa)ssine Teresa C. E daí não sei – odeio idear o meu passamento causado por teclas emotivas que irritem aléns (desa)creditados e me transtornem o coração, saudável até ao momento.

 

Provado está por gentes credenciadas que os cães da ‘marca’ border collie compreendem nomes de número superior a mil objectos, bem como instruções para buscar cada um. Parece que a cadela Chaser aprendeu tudo direito e não é antevisto limite que confine a aprendizagem. A cadela – tinha de ser fêmea! – é habilidosa: evidencia aptidões para recepcionar linguagem humana, discriminar visualmente objectos e entender vocabulário dos sapiens. Olha a maravilha que os investigadores almejaram! P’ra mais, a Chaser combina entendimento de substantivos e verbos – “aprendeu que a palavra 'brinquedo' se referia a todos os 1.022 objectos com os quais ela podia brincar”.

 

Melhor que os border collie entenderemos instruções; alinharemos vontades de ‘não!’ ruidoso ou sim conformado. O Sr. Poul Thomsen que experimente chavões indiferentes às profundas assimetrias sociais. Vale manter-se mudo e, silenciosamente, regular milhões tramados que nos tramam e resgatam país com eira e nem à beira do siso.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Cortesia de Cão do Nilo.