Rob Efferan, Claude Théberge
Desanda. Despede-te da noite para o dia. Desaparece e volta daqui a um mês bem contado. Engole as lágrimas miúdas que nem lavam os espíritos, nem os largam. Leva nostalgias minhas sem quê ou porquê, apenas por existires e penetrares insidiosamente onde não és desejado, por deixares cobertos de cinzas os espaços aferrolhados. Invades-me pelas nesgas, fique aberta a organza/cortina. Instalas-te no meu sofá, empardeces cores, sujas a alma assentada e o corpo dela. Se já foste magia em caminhos da cidade, sebastiânico surgir, agora digo: _ Não te quero mais! Leva o que trouxeste, esvai-te ou rasteja para longe daqui até esquecer as semanas desavindas que contigo vivi. Opressivas, escorregadias, viscosas. Engasgas os meus silêncios faladores, obstruis as minhas paixões, esmoreces o luzir dos meus olhos, da boca o sorriso, do sorriso o riso. Quero chuva, quero neve, quero sol. Tu que esborratas onde tomas assento, a ti nevoeiro insistente expulso-te da minha vida. Tenta volver hoje ou amanhã. Ignorar-te-ei. Na tua mancha/gaiola haverá as cores todas da paleta.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros