Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

DE MARISA MOURA PARA A ADMINISTRAÇÃO DA CARRIS

 

Kenney Mencher

 

“Ex.mos Senhores José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha,

Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº 215860101 da República Portuguesa.

Venho, por este meio, colocar a cada um de vós algumas perguntas:

_ Sabia que o aumento do seu vencimento e dos seus colegas, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?

_ Terá o senhor(a) a mínima noção de que há mais de 600 mil pessoas desempregadas em Portugal neste momento por causa de gente como o senhor(a) que, sem qualquer moral, se pavoneia num dos automóveis de luxo que neste momento custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?

A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros. Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva. É com pessoas como o senhor(a) a esbanjar desta forma o meu dinheiro, os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar: o bem-estar coletivo.

A sua cara está publicada no site da empresa. Todos os portugueses sabem, portanto, quem é. Hoje, quando parar num semáforo vermelho, conseguirá enfrentar o olhar do condutor ao lado estando o senhor(a) ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a sua empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças?

Para o senhor auferir do seu vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusive em empresas estatais como a "sua") sem sequer terem direito a baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes.
_ Alguma vez pensou nisso?
_ Acha genuinamente que o trabalho que desempenha tem de ser excessivamente remunerado ao ponto de se sobrepor às mais elementares necessidades de outros seres humanos?

Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma pena da sua pessoa e com esperança que consiga reativar alguns genes da espécie humana que terá, com certeza, perdido algures no decorrer da sua vida.”

Marisa Moura

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:37
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Sexta-feira, 23 de Março de 2012

VIVAM AS CENOURAS E AS CHÁVENAS DE CAFÉ!

 

Emily Zasada e autor que não foi possível identificar

 

Poderia debitar sobre o acontecido ontem durando a ‘greve geral’. Porque li mais e melhor do que o meu escasso talento de escriba faria, não resisto a publicitar excertos significativos.

 

- “Antes do 25 de Abril, o ridículo também tinha limites...

- "Fonte do comando da PSP do Porto disse à Lusa que foram identificadas três pessoas por arremesso de cenouras aos polícias e danos numa viatura policial."

 

- “Ora, por um lado temos perigosos agitadores armados de chávenas de café e cenouras, no outro, polícias armados dos pés à cabeça.”

 

Factos objetivos:

- “A PSP agrediu a fotojornalista da France Press em Portugal, Patrícia Melo, quando esta cobria a manifestação da Plataforma 15 de Outubro, no Largo do Chiado, em Lisboa, integrada na greve nacional. Como foi captada pelo fotógrafo da Reuters, a agressão está a pulverizar-se pelos sites noticiosos internacionais. No mesmo local, o fotojornalista da agência Lusa, José Sena Goulão, também acabou por ser alvo de constantes bastonadas por um agente da polícia. Já no chão, mesmo já depois de se ter identificado como jornalista, Goulão continuou a sofrer carga policial, tendo necessitado de intervenção hospitalar. Os confrontos terão começado, segundo fonte oficial do Comando da PSP de Lisboa, quando alegadamente alguns integrantes da referida plataforma atiraram objetos, como chávenas, junto à esplanada do café Brasileira. Um transeunte que se encontrava no Chiado acabou por socorrer a fotojornalista da France Press, mas esta não precisou de recorrer ao Hospital. A porta-voz da PSP, subcomissária Carla Duarte, garantiu que houve pelo menos três feridos, entre eles um agente que terá sido atingido com uma chávena na testa, e um manifestante detido, por ter lançado petardos e agredido policiais. No Hospital de São José, em Lisboa, encontra-se a receber tratamento o jornalista da Lusa. O cenário de violência policial contra Goulão motivou, ao início da noite, um protesto da Direção de Informação da Lusa junto do diretor nacional da PSP, o superintendente Paulo Valente Gomes.”

 

Outros escreveram:

- “(…) sem dúvida que houve abusos dos habituais penetras e arruaceiros que aproveitam a ocasião para causar tumultos e vandalismo, mas sinto muita vergonha de imagens como esta.”

 

- “A nota da PSP sobre a forma como os jornalistas se devem comportar em manifestações, nomeadamente a parte sobre onde devem ficar, quietinhos atrás da polícia, é verdadeiramente um exemplo de incompetência e fuga às responsabilidades - e, sempre, de tentativa de evitar imagens que possam ser inconvenientes. Que leva um agente a agredir alguém que visivelmente está a fotografar com material visível e volumoso?”

 

- "A polícia de choque foi obrigada a intervir", como se costuma dizer. Neste vídeo, vemos alguns choques a defender a ordem democrática, face a uma perigosa manifestante. Vá lá que não lhes deu para a espancar.”

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 13:03
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Quinta-feira, 22 de Março de 2012

RELES (PRE)DESTINAÇÃO?

 

Diego Rivera

 

Carregamos pedras às costas. Demais e a cada hora mais. A ‘Greve Geral’ de hoje merece apoio devido a este povo sujeito a mandantes e ladroagem com ideia mínima do necessário para fornecer vida digna aos que, e somos todos, deles dependem. E se outrora neguei este tipo de manifestação/indignação, hoje não o faço – peso crescente nas costelas obriga a indignação. E não seja argumentado que é danosa para a economia do país. Danada está há muito tempo por via da teia de enganos e incompetências dos sucessivos governos. Que reles predestinação nos condenou a tal destino? Nela não creio – cada um constrói a própria (des)fortuna.

 

Que o povo fique em casa mesmo sob pena da subtração dum dia de salário a quem quase nada possui salvo dívidas tem significância para gentes habituadas desde antanho a comer de tudo sem refilar. E se o silêncio é nosso apanágio, que este feito de inação soe alto e diga muito do que temos a e por dizer.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 12:04
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