Kristian Burford
A raridade como espectadora dum telejornal das oito aconteceu ontem. Má qualidade do conteúdo e alinhamento noticioso recordou-me razão de prescindir do débito das televisões. Repetições escusadas, por isso maçadoras – dito e exibido uma vez, chega -, seriedades tratadas como futilidades, a degradante procissão dos media, mais cheia que a da Rainha Santa, atrás dos andores/mandantes dos dinheiros que hão-de vir constituíram fartura, desgosto e exemplo.
Por razões «descasadas», o pós-jantar foi preocupante. Que não lhe seja atribuída culpa pelo desapreço atrás demonstrado – sem azia e com a objectividade de andarilho em primeiro caminho atentei de feição que diria quase cirúrgica. Fatia após fatia, a sobremesa pareceu-me ter azedado há muito. Há quem se habitue a tudo e digira sem dificuldade o servido ao domicílio. Não sendo o caso, mezinha simples: passar adiante. Assim faço.
Progredindo no adiante, interpelou-me saber pela minha frequência de rádio preferida que na Hungria o partido Fidesz que a governa reclama para as mães de filhos menores o direito a dois votos. Razão: 20% da sociedade húngara é constituída por crianças excluídas das decisões fundamentais que determinam futuros. Sendo desigual a opção política dos pais, cada um terá direito a voto acrescido. Ora bem! E que digam prestes os fantasmas de 1939… Não serão eles a desaprovarem ideia acertada. Votaria no voto dos nossos infantes por interposta pessoa se confiasse o mindinho a qualquer dos nossos partidos.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia do Cão do Nilo.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros