Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2014

"BREAKAST AT TIFFANY'S" OU BOLO DE ARROZ E GALÃO?

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Mulheres e homens afirmam, amiúde, mal sentirem o passar dos anos. A prova está nas ruas - cuidados, preocupados com a forma e o bem-estar, sentindo-se com encanto acrescido e atentos aos juvenis olhares femininos. Elas, o mesmo. Sobem dos quarenta e reconhecem, deliciadas, que se nem décima de grau arrefeceram os olhares abrasadores que as percorrem, tão pouco subiu o escalão etário daqueles que lhes soltam o desejo. Admitindo não serem ilusões rasteiras as que afirmam constatar e que o aumento médio de esperança de vida confirma, dou por adquirido que o ser humano sobrevivente das maleitas da civilização vê passar os anos em grande estilo. O contexto da presunção é urbano numa economia média que, por ora, desceu nas tabelas sociais portuguesas.

 

 

A vaidade antiga das mulheres encolherem a idade contagiou os homens. O pavor do reverso do BI afeta agora psiquismos sem limites por género. Todos pretendem possuir na despensa, em segredo, conservada e rolhada, o elixir da longa vida. Semelhante reparo deve ter feito o nosso (des)governo que perguntou aos botões: de onde a pressa, sendo os mexilhões tão capazes, encantadores, dispostos a fruírem das curvas para onde estão virados, na reforma? São novos e na maior ou idosos a quem só falta arrumar as botas? Legislou. Amochou funcionários públicos e demais trabalhadores. Aumentou os, até ali, cinquenta por cento produzidos por todos que a máquina do Estado tritura. Perra e glutona. Agonizante, ainda assim.

 

 

Imbróglio maior é este: começa o dia e com ele romaria às pastelarias, cafés e similares que encha estômagos desde a véspera vazios. Quem cuidar que apenas os afortunados o fazem, erra. «Paquete» e funcionária de limpeza, lamuriando com justeza a subida dos impostos, o desemprego, a carestia do essencial, os salários encolhidos, deglutem bolos de arroz empurrados pelo galão escuro e morno como de costume. Que será feito dos cereais ou da carcaça, mais o copo de leite pingado com o "café das velhas" doméstico aconchegando quem saía de casa? Ou da peça de fruta, o iogurte e a sanduíche com verdes e proteínas no saco - os ingleses são mais snobes e levam numa pasta - aberto a meio do dia? À parte o pequeno-almoço caseiro ou o servido pelo poiso que escolhi, fora só desejo um - "Breakfast at Tiffany's".

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

publicado por Maria Brojo às 10:00
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Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

DE MARISA MOURA PARA A ADMINISTRAÇÃO DA CARRIS

 

Kenney Mencher

 

“Ex.mos Senhores José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha,

Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº 215860101 da República Portuguesa.

Venho, por este meio, colocar a cada um de vós algumas perguntas:

_ Sabia que o aumento do seu vencimento e dos seus colegas, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?

_ Terá o senhor(a) a mínima noção de que há mais de 600 mil pessoas desempregadas em Portugal neste momento por causa de gente como o senhor(a) que, sem qualquer moral, se pavoneia num dos automóveis de luxo que neste momento custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?

A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros. Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva. É com pessoas como o senhor(a) a esbanjar desta forma o meu dinheiro, os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar: o bem-estar coletivo.

A sua cara está publicada no site da empresa. Todos os portugueses sabem, portanto, quem é. Hoje, quando parar num semáforo vermelho, conseguirá enfrentar o olhar do condutor ao lado estando o senhor(a) ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a sua empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças?

Para o senhor auferir do seu vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusive em empresas estatais como a "sua") sem sequer terem direito a baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes.
_ Alguma vez pensou nisso?
_ Acha genuinamente que o trabalho que desempenha tem de ser excessivamente remunerado ao ponto de se sobrepor às mais elementares necessidades de outros seres humanos?

Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma pena da sua pessoa e com esperança que consiga reativar alguns genes da espécie humana que terá, com certeza, perdido algures no decorrer da sua vida.”

Marisa Moura

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:37
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Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2010

PAU DE MUITOS BICOS


Pal Fried


No quadro da quase insolvência do Estado, o nosso, especialistas declaram insensatos aumentos na Função Pública. Alegam inexistente margem para aumento da despesa. Reduzi-la é prioritário para retoma de credibilidade no espaço financeiro internacional. Elevar encargos incompatível com redução da despesa estatal. Aconselhado: tendo em conta a deflação, manter estável a fatia do lobo público.

 

No ano que finou, foi significativo, relativamente aos anteriores, o aumento nos vencimentos dos empregados pelo Estado. Manobra eleitoral? Talvez! Porém desacompanhada de maior produtividade, como provam dados objectivos. Pau de muitos bicos, este: congelados os salários nesta fracção importante dos trabalhadores, o consumo não aumenta tal como a colecta de impostos directos: IVA e IRS, entre outros. Subtraído fluxo numa das entradas principais de renda para a governação. Mais difícil a convalescença económica do país. 

 

Porque a maioria dos funcionários públicos é paga com pouco, convém olhar atento à vida e sobrevivência árdua que faz deles esforçados resistentes. Ganham quase nada mais do que o salário mínimo. Se este foi acrescido, porque não aumentos com valor fixo nas pagas laborais que dele se abeirem? E que todos, pobres e ricos ao serviço do comum, produzam o máximo. Viver por conta é desonesto. Rejeito. Porém, não podem ser os mais desfavorecidos, funcionários públicos ou privados, a custear despesismos ociosos em tempos de crise.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 11:07
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