Quarta-feira, 10 de Setembro de 2014

“O MAIOR FRACASSSO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA”

 

“Law and Justice Books” – K. Madison Moore                                                                   “Justiça” – Alexandre Moreira

 

"A Ditadura Democrática Portuguesa elimina os que pensam e promove os Burros. Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates... Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de renda económica - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento, a atividade do jornalismo constituiu-se como o verdadeiro poder. Só pela sua ação se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora, continua a ser o verdadeiro poder mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande "cavallia" (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a ação com a criação das Novas Oportunidades. Gente assim mal formada vai aceitar tudo, e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca. Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. 

Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada. Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve. Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituamo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade. Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos? Quem se lembra do miúdo eletrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático? Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico? Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana? Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal? Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém? As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância. E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou? E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Alguns até arranjaram cargos em organismos da UE. Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu. E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára? O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha. E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina? E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento. Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade. Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de proteções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
 
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa."
 
Clara Ferreira Alves - "Expresso"( 1 de setembro de 2014, 14:27)
 

Nota - Crónica enviada por teclas atentas e amigas

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:10
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Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012

HUMOR PORTUGUÊS NO SEU MELHOR

 

"O governo encontrou uma solução para enfrentar os protestos e vaias populares. Depois de a população de Gouveia ter dito a Passos Coelho o que nem Domingos Paciência disse de Godinho Lopes, o primeiro-ministro decidiu aproveitar o Carnaval para sair à rua mascarado de Dias Loureiro ou de Isaltino Morais ou de vírus da gripe ou de bloqueador de rodas da EMEL para suscitar menos antipatia das pessoas. A segurança pessoal de S. Bento engendrara um plano que passava por mascarar o chefe de governo apenas com lingerie feminina e uma peruca vermelha, para o fazer passar despercebido na rua durante esta semana, mas Miguel Relvas já tinha requisitado todos os soutiens e cintos de ligas da presidência do conselho de ministros para a festa de Carnaval da RTP."

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 10:42
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Sábado, 19 de Novembro de 2011

DELITOS DE OPINIÃO?

Beryl Cook 

 

“Era de fato muito bonita! 40, casada, 2 filhas, marido bom, trabalhador, ótimo pai e excelente companheiro. Por que ela o traía? Sempre analisava sua situação e invariavelmente sentia-se muito culpada. Sofria com isso.

 

Veio tratar-se comigo e contou que amava sinceramente seu marido, mas, não ficava sem atividade sexual com outros homens que a vida lhe trazia ocasionalmente e tinha dois que era só telefonar que sempre um estaria disponível. Perguntei-lhe o que viera buscar no Valente e respondeu que gostaria de não proceder mais com as traições conjugais. Isso estava pesando demais em sua consciência.

 

Para checar se esse propósito era realmente verdadeiro, pedi-lhe para levantar da cadeira e ajoelhar-se frente a Jesus Cristo que tenho na parede do Consultório, o que prontamente o fez e, pedi-lhe também, para dirigir-se a ele com muita fé e proferisse algumas palavras solicitando a sua ajuda, o que o fez com muito choro e carregada de sentimento.

 

Deitada na maca, procedi ao Banho de Luzes, limpando cada um de seus corpos, e vi suas amigas extremamente chateadas com a situação, diria, em completa desaprovação. Como sempre procedo, pedi aos amigos e amigas presentes, que encaminhassem essas pessoas aos Postos de Atendimento Doutrinários do nosso bairro. Assim procedendo, nossa Paciente não teria mais essas companhias que se utilizam dela para procederem a saciar seus intentos de prazer, digamos assim.

 

Agendei a Consulta seguinte para dali a uma quinzena, para assim, com um tempo maior, poder, de fato, medir se houve ou não a companhia de novas companhias.

De fato, nada mais praticado pela Paciente e, por minha vez, também não vi mais ninguém do tipo daquelas pessoas.

Beijo na Alma!”

VALENTE

aconselhamentos e orientações

vidas passadas, regressões, cromoterapias

sem hipnose e sem medicação de espécie alguma

depressão, abortos, angústia, ansiedade, desmotivação,

traumas, insônia, drogas, pânicos, suicídio, medos

 

Enorme cruz devo carregar para receber no e-mail do SPNI lixo deste teor. A do "beijo na alma" deixou-me pendente queixo e lábio inferior.

 

Outros recebimentos são delícia a não perder. É de atentar neste:

 

“A língua portuguesa é difícil, até para fazer amor! Amá-la ou Amar-te?

O marido, ao chegar a casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada:
 - Querida, eu quero Amá-la.
A mulher que estava a dormir, com a voz embalada responde:
- A mala... Ah, não sei onde está, usa a mochila que está no armário do quarto de visitas.
- Não é isso, querida, hoje vou Amar-te.
- Por mim, podes ir até Júpiter, Saturno e até à merda, desde que me deixes dormir.” 

Neste outro também recebido da mui querida Dobra:

 

"Um cê a mais e alguns «rrr’s» errantes …

 

Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa.

Custa-me despedir daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes, gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora:  - não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda como quem diz: “sei que não falas, mas ainda bem que estás aí”. E agora as palavras já nem parecem as mesmas.

O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos. Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hífenes e entraram RRR's que andavam errantes. É uma união de facto e, para não errar, tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles porque já não se entendem.

Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu. E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos  janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião.

Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção. Por outro lado, é ótimo que já não tenham.

As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos.Sei que tudo vai correr bem, e só espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem me faça tropeçar em algum objeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar.

Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? ! ? ! ?"

 

 E neste:

 

“Um exemplo de distinção e da elegância com que se destacam os Homens deste país e de democracia! É a melhor demonstração de que 'gente da aldeia' passou a ter acesso 'à cidade'.

 

O modelo é que já não se entende tão facilmente mas já não discuto, só refilo...

 

Cavaco Silva

Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Dias Loureiro é uma coisa;

Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Oliveira e Costa é outra;

Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Duarte Lima é outra;

Ter por compincha, correligionário e alto quadro de confiança o Isaltino Morais, outra ainda.

Ter os quatro em simultâneo por compinchas, correligionários e altos quadros de confiança é arte, é gosto refinado, é exigência; uma selecção, jamais um acaso. 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

O amor mais recente dum leitor e comentador ocasional é esta ucraniana. Aprovo.

 

publicado por Maria Brojo às 09:01
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