Wojtek Siudmak Wojtek Siudmak - Reincarnation
Quando temos a sorte de ter interlocutor curioso sobre temas vários, que sabe ouvir e argumentar, o afazer é não permitir a queda em saco roto de pitada do diálogo. Em cavaqueira amável como sempre, foi colocada a pergunta que deu título a esta croniqueta. Na resposta, fui engrenando raciocínios e factos. Vieram à lembrança as bolas de sabão, esferas perfeitas. Porquê? _ Obedecem ao princípio da energia mínima para que tende o universo. Mal comparado, tem a ver com a reação da economia em tempos de crise: poupar, gerir adequadamente recursos. Na verdade, e de volta às bolas de sabão, a forma esférica é a mais estável (requer menos energia) de todas as formas geométricas encontradas na natureza.
Numa esfera, todos os pontos da superfície estão à mesma distância do centro. Além disto, os planetas obedecem à combinação de dois fatores: a força da atração da gravidade e a sua massa. Todos os corpos se atraem entre si. Tal como afirmei aqui, a gravidade é tanto maior quanto maior for a massa do planeta. Tomando a Terra por exemplo, essa é a força que nos mantém no chão, que explica a queda dos objetos, que mantém os oceanos presos à superfície e impede os gases da atmosfera escaparem para o meio interplanetário.
Há muito tempo, aprendi que, no início, a jovem Terra tinha muito pouca massa e mais parecia uma pedra gigante de formato irregular como os asteróides. No entanto, a atração gravitacional juntou mais massa ao planeta. O mesmo sucedeu com os demais integrantes de sistema solar. Logo, a redondeza dos planetas tem por origem a força da gravidade. Problema: estes não possuem forma esférica perfeita. As Leis do Movimento de Newton logram ajudar ao definirem que um corpo em movimento tende a continuar em movimento. A matéria no equador do planeta viaja com velocidade suficiente para gerar dilatação nessa zona da Terra. A forma achatada nos Pólos depende da massa, tamanho e velocidade da rotação. Surge daqui a forma da Terra ser como a de uma maçã (já foi cientificamente defendida a semelhança com uma pera).
Viajemos pela nossa infância. As crianças aprendem a desenhar uma estrela com número variável de pontas. Têm razão: este é o formato que apresentam ao nosso olhar. Infelizmente, a verdade é menos poética. (...)
Nota - texto publicado integralmente aqui
CAFÉ DA MANHÃ
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