Sábado, 5 de Novembro de 2011

SUECO E NÃO É «LOIRO»

Gayle B. Tate, autor que não foi possível identificar

 

Nasceu na Suécia, oficialmente a meio da década de sessenta, de facto quando rondavam os anos trinta. Cooperativa com 50 000 membros hoje e um crescimento de 5% em 2007. Propósito: os sócios emprestam dinheiro uns aos outros sem que juros existam. Transformou-se em banco no ano de 1997 como JAK Medlemsbank, continuando propriedade dos associados. Mais do que banco é um movimento social, um sistema financeiro revolucionário numa economia como a usual baseada nas taxas de juros. Nestas, “o dinheiro é transferido dos mais pobres para os mais ricos, até se concentrar nas mãos de uma minoria. A massa total do dinheiro que circula no mundo é constituída, quase exclusivamente, pelo dinheiro proveniente das dívidas e das taxas de juros. Este dinheiro especulativo não assenta em qualquer valor real, isto é em bens e serviços.” O crescimento exponencial desta massa monetária especulativa acabou por atingir a ruptura e está a provocar o desmoronamento da economia mundial no presente.

 

Mas como funciona o JAK Bank? Um associado precisado dum empréstimo, tomemos como exemplo 14 000 euros num período de onze anos, havendo depósitos dos associados nesse montante, irá pagar mensalmente:

15 euros por mês de despesas de funcionamento;
106 euros por mês de reembolso do empréstimo;
106 euros por mês numa conta poupança obrigatória;
No total, 15 + 106 + 106 = 227 euros por mês

De modo simples: pago o empréstimo recebe valor equivalente entretanto utilizado para financiar outros sócios. Se preferir manter a conta para qualquer eventualidade deverá criar nova conta poupança obrigatória num montante inferior.

 

Os empréstimos de JAK não são grátis. Para o serem a cooperativa teria que funcionar somente com o trabalho de voluntários, e, mesmo que no princípio assim tenha sido, chegou o momento em que o número de membros cresceu tanto que a cooperativa se profissionalizou. Hoje, JAK conta com aproximadamente 30 empregados e alguns gastos fixos compensados pela taxa administrativa anual de 2% do empréstimo. Seguindo a filosofia de cooperativa democrática, é prestada formação aos membros que, regularmente, assistem a cursos organizados por JAK e, como tal estão preparados para o divulgar a todos os seus contactos. Reverte para a instituição o dinheiro que gastaria em publicidade.

 

Como remate: o JAK passa qualquer teste de stress por não ter passivos, apoia projectos que desejem levar adiante iniciativas similares noutros países. O nosso, pelo cancro dos juros próprios do decrépito sistema capitalista, pelos bolsos rotos dos cidadãos e pelo aperto do cinto, está arredado.  

 

(url)

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:51
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