James CochramL, George Siaba
Tenho recusado tratar por aqui sucessivas tragédias envolvendo crianças ou jovens, nossas e doutros países sobre as quais o choque individual é inibidor. Do mesmo modo, debitar o já sabido sobre incompetências e ratarias neste Portugal desgraçado por demasiados anos é enfado – as bolsas vazas já cansam e são prova. Também as mortes solitárias de idosos, o abandono que sofrem quando os descendentes deles rejeitam o saber e a presença, quando os exploram por reles cobiça, quando os violentam pelo simples ato do incómodo de ainda respirarem e marcarem presença na vida, quando falta paga de salários pelos exploradores do trabalho alheio, quando os truques e trocas e baldrocas dos “vendilhões de templos” abundam, doem e chagas são abertas nas consciências atentas por ora designadas como pueris.
Não seja julgado ter colocado vendas nos olhos, tampões nos ouvidos para a “santa vidinha” ficar isenta de sobressaltos. Quem, hoje, experiencia sociedade trágica, alguns filtros revelam-se imprescindíveis para evitar a desesperança, contaminação do espírito e persistir nos valores que desde o berço foram inculcados e, depois, outros tão ponderosos como aqueles, adquiridos.
CAFÉ DA MANHÃ
Com o guionista e célebre autor de comics Jean-Pierre Gibrat o alargar de espíritos que menosprezam a banda desenhada de qualidade.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros