Jack Vettriano
Para baixo, cansaço na bagagem; para cima, injustiças engendradas por «psis» sábias, pragmáticas, vítimas emotivas, uma delas irredutível.
Em vez da multiplicação dos peixes, narra São João a propósito das bodas na Galileia que a Virgem Mãe, por via dos servos, pediu a Jesus para transformar água em vinho à beira do fim o que desonraria os noivos.
“Como o vinho faltou, a mãe de Jesus disse-lhe:
_ Eles não têm mais vinho.
Jesus respondeu-lhe:
_ Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou.
Sua mãe disse aos que estavam servindo:
_ Fazei o que ele vos disser.
Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo:
_ Enchei as talhas de água.
Encheram-nas até a boca. Jesus disse:
_ Agora tirai e levai ao mestre-sala.
E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água transformada em vinho. Ele não sabia donde vinha, mas os servidores sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e disse-lhe:
_ É servido primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, o vinho menos bom tem o momento. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!"
E foi o contrário. O vinho, mais rosé que tinto a partir de águas pantanosas, surgiria demasiado tarde para alegria de convivas embriagados. Alguém se ri neste momento, alguém indiferente, outra pessoa manietada por medo e dependência, a mulher última magoada inelutavelmente. C’est la vie putain!
CAFÉ DA MANHÃ
La Maman et la Putain, Jean Eustache
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros