Na memória, o fabuloso Querelle. Jean Genet da ficção existencialista e homoerótica foi leitmotif. O porto de Brest, recriado artificial e provocadoramente ereto nas torres em forma de pénis, testemunha relações de paixão/ódio entre o marinheiro, Querelle, e os homens e mulheres da cidade. Desejo na procura, prazer na margem/crime. Volúpia transtornada.
Quem mergulha em Fassbinder espera e tem lateralidade das vidas. Sufocantes. Aprisionadoras. Feias. Vívidas. Por tudo, arrebatadoras. Encontra desgostos com recheio de amor insubmisso - no Querelle pintados com tons de fogo obsessivos. Ácidos como a autodestruição que retratam. Muitos dias assim na fita da vida. Num qualquer deles, (…)
Nota – texto integral publicado, ontem, aqui.
CAFÉ DA MANHÃ
Autor que não foi possível identificar
Ontem, o primeiro casamento entre duas mulheres. Na memória, o fabuloso Querelle. Jean Genet da ficção existencialista e homoerótica foi leitmotif. O porto de Brest, recriado artificial e provocadoramente erecto nas torres em forma de pénis, testemunha relações de paixão/ódio entre o marinheiro, Querelle, e os homens e mulheres da cidade. Desejo na procura, prazer na margem/crime. Volúpia transtornada.
Quem mergulha em Fassbinder espera e tem a lateralidade das vidas. Sufocantes. Aprisionadoras. Feias. Por tudo, arrebatadoramente belas. Vívidas. Encontra desgostos com recheio de amor insubmisso, no Querelle pintados com amarelos e laranjas obssessivos. Ácidos como a autodestruição que retratam. Razão de sofrimento feita.Tais são muitos dias na fita da vida. Num qualquer recente, luzido pela maravilha no sorriso da idosa linda empurrada na cadeira de rodas. Surpreendeu-a, no fim de dia ainda soalheiro, o beijo despudorado dum casal. Quem a acompanhava ignorou. Ela leu brilho onde Genet e Fassbinder e a cantora no sórdido cabaré, Moreau, escreveriam tragédia ou desespero.
CAFÉ DA MANHÃ
Sugestão de Veneno C., mote de hoje.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros