Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015

MANTA NOS JOELHOS INQUILINOS

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Jim Warren – “Fine Wiseman”     Jim Warren – “Fine Survivor”       Jim Warren – “Fine Knowledge”

 

 

Talvez pela frialdade literal e metafórica, talvez pela realidade publicitada pela ‘Organização Mundial de Saúde’ que afirma metade dos portugueses não terem possibilidade de conservar as casas quentes sendo os idosos e os pobres os mais penalizados, a tristeza é impossível de evitar. Mais adianta a OMS: Portugal é exceção com quarenta e muitos por cento de desprotegidos do frio, aproximadamente o dobro da média europeia.

 

 

 

O desconforto térmico, também devido à qualidade péssima das construções, particularmente nas mais antigas por preservar, torna o frio sofrimento e causa de morte, de incapacidade de atendimento atempado nas urgências dos hospitais. De manta nos joelhos inquilinos, proprietários fruindo do condicionamento do ar se não alguns tão pobres pelas baixas rendas e pensões como os que lhes habitam as casas. Os que nos desgovernam há anos demais devem ter cérebro de casca de ovo partida onde as ideias migram antes de melhorarem as nossas vidas.

 

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:00
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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2014

CHEIRO A ENXOFRE OU A OVOS PODRES - TERRA FEBRIL

 

Jim Warren                                                                                Frank Kovalchek - Painting of Kilauea Volcano  

 

Eyjafjallajoekull. Quem pronunciar a palavra sem engasgo que se acuse. Não eu _ escrevê-la já é susto pela dezena de consoantes e quase metade em vogais. Mas é islandês e vulcão. Após sono prologado que durou três séculos, em 2010, acordou indigesto. Vomitou o que nas estranhas lhe interrompeu descanso. Mal disposto e rezingão, continua com soluços e gripado. Tosse e espirros constantes fundamentam o dito dos pastores islandeses: “Mais vale uma ovelha a berrar em casa do que cem a pastar perto de um vulcão.”

 

Na altura, transportadoras aéreas ficaram em guerra com as restrições do espaço aéreo pelas cinzas disseminadas que os impediram de voar. Excessivas cautelas, reclamaram as companhias que na troposfera fazem rota, nela diminuída a temperatura do ar à razão de 0,65°C por cada centena de metros em altura. Milhões de euros e pessoas arrastados com a lava por impedimentos nas saídas por avião. A erupção do Eyjafjallajokull, provocou o maior encerramento do espaço aéreo decretado na Europa em tempo de paz. Mais de 100 mil voos foram anulados num mês e mais de oito milhões de passageiros foram afetados. A Islândia tem mais de 100 montanhas vulcânicas, algumas das quais entre as mais ativas do mundo.

 

De novo cheiro a enxofre ou a ovos podres (gás sulfídrico). Sinais de uma Terra febril. O vulcão Bardarbunga, o maior da Islândia e adormecido para cima de um século, entrou em erupção às 00h00 TMG (01h00 em Lisboa). Fundamentação científica permite supor ter força bastante para interromper ou perturbar o tráfego aéreo no norte da Europa e no Atlântico Norte. A retirada de turistas foi ordenada há uma semana, como medida preventiva.

 

Especialistas colocam três cenários como mais prováveis: que pare a deslocação do magma e se reduza progressivamente a atividade; que haja uma erupção na borda do dique vulcânico, para fora do glaciar; ou uma erupção debaixo do glaciar. O primeiro tipo de erupção ocasionaria, provavelmente, uma grande emissão de lava, mas com produção de cinzas limitada, e o outro tipo provocaria inundações “e talvez atividade explosiva e produção de cinza”. Ai a nuvem de cinzas que não cessa de se comportar como polvo aéreo desdobrando tentáculos para onde os ventos os levem!

 

Quando vulcão truculento provoca carrossel, desmoronados hábitos terráqueos em menos de um tossir do planeta. Desrespeitá-lo ou tê-lo por somenos não é sensato. Ele avisa. Dá sinais. Tontaria de quem não entende ou despreza o que à vista está.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 10:24
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Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013

PERGUNTA UMA

 

        

Daniel Green – Woodmantel                                     Kirk Richards                                                Jim Warren – Hitchcock

 

Qual a razão da inexistência de exames nacionais para aceder ao cargo de ministro?

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:21
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Terça-feira, 12 de Novembro de 2013

FURACÕES, TUFÕES E CICLONES

 

Samuel Bak - UnderTrees                                                                    Jim Warren

 

Teve ontem início em Varsóvia conferência sobre o sistema Terra. Catástrofes naturais, progressivamente mais frequentes e exacerbadas desde o começo do aquecimento global por altura da Revolução Industrial, recursos e contribuições pelas nações responsáveis pelos elevados índices poluentes são tema. Outras conferências aconteceram sem que efeitos visíveis modificassem a gravidade crescente dos danos infligidos ao planeta – lembrar Quioto vem a propósito.

 

No rescaldo dos martírios naturais que têm atingido as Filipas, o tufão Haiyan, o 25.º tufão a atingir o país neste ano, foi um dos maiores de sempre a atingir a Terra, fez 1734 mortos e afetou 4 milhões de pessoas. O ciclone Zoraida que já começou a invadir a região deverá fustigar zonas anteriormente devastadas pelo Haiyan. Previsto agravamento das inundações que comprometem a ajuda humanitária, quando número indeterminado de desaparecidos ainda são registados.

 

Confusão comum, minha também, respeita ao distinguir entre furacões, tufões e ciclones, termos que designam o mesmo fenómeno. Investiguei e aprendi. Os furacões possuem velocidade maior que 199km/h e, habitualmente, giram no sentido horário no hemisfério sul e no sentido anti-horário no hemisfério norte. Chegam a medir de 200 a 400 km de diâmetro. Tufão é o nome dado aos ciclones no sul da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico tendo as mesmas características de um furacão. O ciclone caracteriza-se por ser uma tempestade violenta em regiões tropicais ou sub-tropicais quando os ventos superam os 50 km por hora. Por último, o tornado é o mais forte destes fenómenos meteorológicos. Embora menor que os anteriores a velocidade dos ventos costuma atingir 490k/h por hora nas zonas temperadas do hemisfério norte alcançando um poder de destruição enorme.

 

Que seja profunda a análise do “Loss and damage” na situação climatérica da Terra pelos negociadores do clima reunidos na Polónia, que a consciência, responsabilidade e espírito solidário saiam incrementadas.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:57
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Sábado, 18 de Agosto de 2012

MADEIRA ENCASTRADA

Autor que não foi possível identificar, Jim Warren

 

A Isabel assentiu em casar contra decisão fundamental que lhe regia partilhas d’alma e corpo. O futuro noivo ainda não se prostrara de joelhos, exigência brincalhona que dela partiu e ele aceitou. Sugeriu anel de noivado feito de arame encastoado com pedaço das madeiras que o amor/amante gosta de trabalhar. Concordou. Enfiou o anel dela no mindinho dele e, a olho, soube a medida. A Isabel desconfiou, pressentiu design outro quando o namorado mencionou ourivesaria, das melhores em Sevilha, disse, onde trabalho o conduz três vezes numa semana. Após, confessaria:

_ A dona tem bom gosto e conheço-a há anos. Mostrei-lhe fotografia tua para conselho assisado na compra do símbolo que gostes e, uma vez enfiado, jamais tires do anelar.

E ela num sim gargalhado, não por troça, mas pela intenção que desejava ver concretizada. Ainda assim, lembrou o arame mais a madeira encastrada, conquanto o romantismo a deixasse comovida.

Foi então que o amado acrescentou:

_ Achou-te elegante, clássica. Depois atirou-se a mim. Ignorei, claro. A mulher da minha vida és tu.

A Isabel, misturou contentamento e ciúme - o último sentir engoliu, não exibisse vulnerabilidade que desejava contida no âmago da cebola onde residiam segredos. Um a um desvendados sendo do tempo o tempo a dois.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:28
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Segunda-feira, 19 de Março de 2012

CÓPIA ORGULHOSA

 

 Segundo a classificação de Daniel Sampaio existem pais democráticos, hoje, em maioria, autoritários - percentagem que aumenta diariamente quando os julgávamos pertença de décadas por inerência ao conceito social do tempo e educação -, e permissivos. Somente os primeiros legitimam autonomia equilibrada dos filhos. Os segundos chibateiam o psiquismo de quem depende deles, os últimos invertem valores pela neglicência incluída no ‘deixa andar’.

 

Tive a sorte de pai democrático, ausente pela carreira militar durante anos demais. Ainda assim, não descurava formas outras de presença. Quando juntos, caminhadas ao longo do Mondego ou nas escarpas serranas, diálogos no entretanto ou em casa, comunicação perfeita sem necessitar de fala e olhares como signos. Tantas memórias e ensinamentos dourados que guardo dele…

 

Desde o nascimento, depois no crescer, sei que sou cópia física do pai. Cúmplices, harmónicos, não prescindíamos de momentos a dois em que refletíamos sobre as vidas e o mundo. Ele, ‘aquário’, eu, ‘balança’. O certo é que o meu entendimento com ‘aquários’ é imediato; curioso ao ser reportado por quem nada sabe de astrologia. Partiu há quase seis anos. Ainda hoje converso com ele.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Que a doçura desta fantasia de Jim Warren inaugure semana tranquila para todos e contribua para um feliz ‘Dia do Pai’. Parabéns aos homens que exercem paternidade empenhada! É tarefa e tanto.

 

publicado por Maria Brojo às 12:05
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Sábado, 18 de Fevereiro de 2012

DE LAURO ANTÓNIO, "PAIS E FILHOS À RASCA"

Jim Warren, Katherine Doyle

 

"Citando Mia Couto:
Um Dia Isto Tinha Que Acontecer

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como seviu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.
E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!
Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam.
Haverá mais triste prova do nosso falhanço?"

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:57
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Sábado, 12 de Fevereiro de 2011

SR. EDIDÉRICO E O MAIS QUE É SÉRIO

Jim Warren e autor que não foi possível identificar

 

Quem faz jus ao importado Dia dos Namorados que se apresse. Neste sábado, vai a tempo de surpreender a querida metade, género diferente ou igual, com pernoitas em hotéis de estrelas quatro no Algarve – 15 euros por cada -, ou em apartamentos turísticos - quem vê um conhece todos – a dúzia de euros. Dá-se o caso de quinze euros chegarem para dois sacos de bens essenciais marca Pingo Doce. Contado combustível e portagens, aumenta o número de sacos recheados com matéria-prima destinada a 'paparocas'. São opções: namoro romântico porta/cidade adentro e cenários estimulantes. Em época de “corta onde puderes”, seja a mudança de cama ou chão indispensável a fantasias, beijos e afagos quentes comemorativos, logo raros, estão denunciadas falhas relacionais ou razoável bem-estar económico, comummente sarcástico de promoções em locais tidos por reles(?).

 

O produto Algarve foi banido dos charters ingleses. Empresários no turismo lá da fronteira Sul, dependentes financeiramente dos, agora escassos, «bifes-lagostins» mal nesga de sol lhes atinja a pele e que soe deixarem num lixo os quartos, chamam os portugueses porque atemorizados pelo estio contido que, provavelmente, aí vem. O Sr. Edidérico Viegas (malvados padrinhos quando decidem ser criativos ou perpetuar memória antepassada!) emprestou voz à preocupação. Disse o referido Edidérico, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve: _ “Isto é fatal como o destino, ou se encerra ou se baixam os preços no sentido de ter alguma procura, no sentido de evitar prejuízos maiores”. 'Ele lá sabe' melhor que eu.

 

Sério a sério é a idosa que mais o cão teve durante nove anos esquife num apartamento da Rinchoa. O abandono familiar junto ao das autoridades escandaliza e interpela cada um. Atendemos aos nossos idosos? Conhecemos os vizinhos do lado? Cumprimentamos alheios, quiçá com paredes meias, nos breves encontros de elevador ou baixamos a cabeça ignorando do outro os olhos, o ser? As autoridades zeladoras cumprem as respectivas funções em casos de isolamento, carências várias ou procedimentos legais e leais que protejam os cidadãos? Mal pareça o conselho, este e muitos outros factos com razões parecidas devem obrigar a auto-crítica individual. Se não feita antes, que o seja chegado o corrente par de dias de repouso em bendito ócio. Tenciono rever ponto a ponto o meu fazer quotidiano, verificar se alinhado com o rol das prioridades, conquanto aos primeiros itens responda, desde já, sim.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Cortesia de Veneno C..

 

publicado por Maria Brojo às 11:03
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Sexta-feira, 7 de Janeiro de 2011

BICHOS E A BICHARADA QUE OS «CHIPA»

 

Autor que não foi possível identificar, Jim Warren, Nicholas Longric

 

Certeza, uma: ou a Mossad ensandeceu, ou os Sauditas têm imaginação em excesso. E porque já nada espanta se é espionagem o tratado, o desditoso abutre «chipado» para informar, via satélite e com putativo objectivo científico, a Universidade de Tel-Aviv, acaba de ser condenado à morte pelos muçulmanos. Não que a agência secreta israelita peque por falta de inventiva – são-lhe reconhecidas habilidades de truz quando a defesa ou conhecer intenções inimigas são causa. Agora, os sauditas matarem o bicho assim, sem mais, é excesso de zelo e manifesta loucura. Suprimia-se o kit e pronto. A dúvida sistemática põe-se estando as entranhas da ave igualmente monitorizadas.  

 

Segundo governador egípcio, bicharada como arma terrorista tem antecedentes de há um mês. Acusa a Mossad de responsável pelo ataque de tubarões assassinos a banhistas numa estância turística da zona costeira no Sinal Sul. Feitos em nada parecidos com os do pré-histórico xenicibis de cujas características não consta ter sido espião ou matador ao serviço de humanos que, à época, nem da escrita sabiam. A ave, pouco maior que uma galinha, não voava, mas dispunha de dois instrumentos poderosos: "'mãos', articuladas nas juntas do pulso, como dois bastões de beisebol para golpear e derrubar". Com força, manobrava-os e dizimava oponentes. Mais semelhante às armas/asas só o mangual medievo. Não fossem os predadores rasteiros, teria hoje descendentes directos, como ele englobados na família íbis? Seja configurado como a Mossad e organizações contrárias os utilizariam.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

publicado por Maria Brojo às 08:34
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Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010

MULHER COMO EU

 

Mulher como eu atende palavras que outra alma feminina dita. Crê ser possível sorrires pela solidariedade em teu redor, terminar a violência que te vitima seja pelo companheiro, pelos filhos. Denuncia. Conta à vizinha ou à amiga/conhecida encontrada no mercado de bairro ou na leitaria, uma das tuas exíguas fugas, no Centro de Saúde onde, penosamente, te deslocas. Diz de ti. Do modo como o desemprego, as carências sociais se abateram sobre a tua vida e a família. Retrata a violência que da exclusão resulta, tua e dos que ainda assim amas sem remédio, apesar do desrespeito sentido todos os dias.

 

Jim Warren

 

Antes, eras a mulher querida, mãe melhor de todas como letras infantis escreveram nos postais que com beijos te foram oferecidos no Dia da Mãe, no Natal, no teu aniversário. Anos passados, chegaram rugas e vulnerabilidade física. Não encontras vestígios de amor e cuidados no teu marido, nas crianças hoje adultas que te agridem? Acto contra-natura, sei e sabes. Por ele choras, por todos que amas silencias a vergonha, por protecção imerecida daqueles que trouxeste à luz do dia, pelas desculpas que espontaneamente vertem do teu coração. Falsas – nada justifica seres explorada, chantageada, pontapeada no corpo e na auto-estima. Ainda que te custe romper a fidelidade que a família consubstancia, fala. Age. Foge sendo remédio único. Organizações solidárias esperam-te. Virá, devagar, a paz. Sentir-te-ás protegida. Mas conta mulher! Contacta a APAV. Informa-te. Liga. Acaba com o martírio.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

publicado por Maria Brojo às 07:14
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Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

BEBÉS DAS OITO

Autor que não foi possível identificar, Jim Warren

 

Como filhotes de cangurus são transportados junto ao peito materno. Descaídos um pouco para a mãe fruir de liberdade de movimentos nos transportes públicos. Elas vão trabalhar por ordenado mínimo ou pouco além disso, talvez contratadas a prazo nos serviços, talvez empregadas domésticas, talvez mulheres à cata de emprego que depositarão o bebé carrego na ama ou na creche ou na casa dos avós que a reforma tornou disponíveis. Outros, mais crescidos, seguem dormidos nos carrinhos que rolam nos passeios envenenados pelos automóveis da cidade grande. Pai empurra o maior, mãe traz ao colo o menor em peso e idade. São famílias de Lisboa que de mimos endinheirados ignoram a cor. E os bebés das oito, quando a ela, ‘auto mobilizada’, passa, ficam cristalizados em retrato que a consciência tira.

 

Crianças do frio, seguras por amor, são peões encavalitados. Distintas das que permanecem quentes em casa dos pais, depois, pela liberdade de horário, acondicionadas em limbo confortável até à escolinha ou colégio pagos com ouro. E se umas e outras acordam estremunhadas, vestidas ainda anestesiadas pelo sono, o denominador comum coexiste com o máximo divisor tão comum como o outro. Mas os meninos d’ouro arribam da garagem para a rua que somente vêm deslizar em cadeiras licenciadas. São atendidos com salamaleques pelas cuidadoras credenciadas, protegidas por fardas impecáveis. Aulas de pintura, judo, ginástica, música, almoço requintado, esperam-nos. Os outros aspiram monóxidos, palmilham, sem que o saibam, ruas e distâncias ao relento.

 

Presentes diferentes, futuros iguais? _ Duvido.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

publicado por Maria Brojo às 06:41
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Terça-feira, 12 de Outubro de 2010

UM A UM

Jim Warren

 

Içados um a um, os mineiros chilenos verão, hoje lá, amanhã cá, a luz que desde 5 de Agosto a má sorte ocultou. É a alegria que volta, a vida que se afirma, a derrota do anjo negro que tempo demais pairou.

 

A despropósito, confissão: as respostas a quem tanto estimo pela boa vontade em comentar o SPNI, leituras de que não prescindi, pela tarde de amanhã surgem uma a uma para nada, do coração nas teclas, ser perdido.

 

CAFÉ DA NOITE  

 

 

publicado por Maria Brojo às 20:40
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Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

ATÉ MIRTILOS!

Jim Warren e autor que não foi possível identificar

 

Petróleo Verde. Alentejano. Na Área de Regadio do Alqueva já cresce milho, cultura impensável no antes reserva hídrica. Destinado à produção de bioetanol, contribuirá, enquanto biocombustível, para cumprir directivas comunitárias. “ Portugal terá de incorporar como aditivo na gasolina e no gasóleo utilizados nos transportes públicos 5,75 por cento de biocombustíveis (bioetanol ou biodiesel). No caso do bioetanol, a opção pelo milho como matéria-prima principal para a produção de 100 milhões de litros/ano deste combustível vai obrigar à produção de 250 mil toneladas por ano deste cereal.” No total, 15 mil hectares de plantações de milho na área de influência da grande barragem do Sul.

 

O potencial energético não se esgota no milho: cereais de sequeiro, beterraba, desperdícios florestais. Fossem limpas as manchas de floresta quer pelo Estado, quer pelos particulares, menor seria o pasto que as chamas devoram, diminuído o número de vítimas mortais, maior rendimento nacional e quantidade de combustíveis amigos do ambiente.

 

Na agricultura alentejana, a revolução vai além – melão branco e verde, meloas. Até mirtilos que regozijam urologistas na peleja contra infecções urinárias! A boa rede viária escoa, rapidamente, os produtos até à mesa do consumidor. Em 2013, dúzia de anos mais cedo que o pensado, fica completa toda a obra. Somente os lanços de Vidigueira e Pisão, Baixo Alentejo ocupam onze mil hectares. Quem predisse a inutilidade do Alqueva emudeça de vez.

 

CAFÉ DA MANHÃ

publicado por Maria Brojo às 08:37
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Sexta-feira, 25 de Junho de 2010

RATOS, MORCEGOS, MEXILHÕES & ET CETERA

Jim Warren

 

Já foram ratos e morcegos. Linces e bicharada vária. O sapal do Tejo. Os golfinhos no Sado. As escritas nos rochedos pré-históricos de Foz Côa que continuam subaproveitadas.

 

Quando empreendimento gesta num ateliê, quando maqueta ergue a probabilidade, quando à tona das notícias arriba o novo, o alto do Restelo enche-se com «velhos» de qualquer idade. Contra mim rabisco por deles ter aumentado o número a propósito da, então possível, Ponte Vasco da Gama. Desfraldei a bandeira do sapal e a nidificação e as espécies serem danadas pela travessia em betão. Hoje, fruo-a e agito o ridículo da minha suspeita e vaidade pelo julgado bem pensar ecológico. O sapal está vivo, de boa saúde, as aves chocam ovos, a ponte serve os propósitos iniciais, é linda e novo ex-libris de Lisboa oriental.

 

Agora, é um mexilhão-de-rio a norte do Beça que impede o projecto da barragem de Padroselos vir a ser inserido na Cascata do Alto Tâmega. Os bivalves de água doce em Boticas são obstáculo epistemológico que o Ministério do Ambiente – com frequência, nem dele sabe ou quer saber - alegou para reprovar a contenção do rio Beça.

 

O zelo pela biodiversidade deve contrariar a crescente extinção diária de espécies. É-lhe exigido ver longe e assentar em dados sérios. Um só estudo de impacto ambiental como fundamento da decisão, é miopia. Especialistas temos muitos. Aproveitar-lhes os saberes, confrontar resultados, decidir após é prudente. De assinaturas por cruz em cima dos joelhos, estamos fartos.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:24
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Domingo, 6 de Junho de 2010

SOBRE «PILIM» E PELEJAS

Jim Warren

 

Cavaco pediu férias cá dentro. Opção como esforço patriótico de todos os portugueses. Divisas onde são necessárias. Também o Presidente desfasado da realidade nossa: julga o povo solidário, ajuntado em frente única contra o descalabro económico; julga o povo com «pilim» para espargir no não essencial; julga o povo ricaço capaz de olhar a pobreza ao lado.

 

Representante das agências de viagens declarou procura semelhante à do ano anterior. Dos clientes, apenas nove por cento tencionam passar ócio estival aquém-fronteiras. O atávico gosto pelo bem-bom do “goze agora, sofra depois” persiste. E se os bancos, finalmente!, são parcimoniosos no crédito, os operadores turísticos continuam na senda do “pague em suaves prestações”. 

 

Às voltas com défices himalaicos anda também Obama. Acresce preocupação com o manto de crude à solta por erro humano na plataforma da BP. Promete ressarcir os estados de Luisiana, Mississípi e Alabama pelos danos via guerra com a petrolífera responsável, a British Petroleum. Enviou-lhe factura pesada pelos custos das operações de limpeza no litoral afectado. Promete justiça draconiana aplicada aos responsáveis.

 

Pela vez primeira, descontado as duas guerras mundiais, os Estados Unidos pelejam com limpeza de razões. Maior crédito teria Obama se, veemente e convicto, condenasse Israel pelo desempenho dum Deus castrador dos direitos humanos dos palestinianos em Gazza.

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 12:00
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