Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2012

NA CULTURA, LUTO

 

 

O SPNI está de luto. Partiu Joaquim Benite que conheci par de décadas atrás. Homem simples, afável, apaixonado pelo teatro. Concretizou, entre outros, o sonho de ver construído o Teatro Municipal de Almada, uma das muito boas salas do país, e levar a cabo o Festival de Almada, um dos três melhores da Europa, ao lado do de Edimburgo e do Avignon. Recordo encenações e peças excecionais que levaram ao palco alguns dos melhores atores portugueses. Adequado é transcrever síntese da biografia.

 

 

“Joaquim Benite começou a carreira no teatro aos 17 anos como ator, mas foi na encenação que fez o seu caminho profissional. Esteve ligado ao movimento de renovação do Teatro português no período que antecedeu e que se seguiu à Revolução de 1974.

 

Nasceu em Lisboa em 1943 e começou a trabalhar como jornalista, aos 20 anos, no jornal República. Depois fez parte da redação do Diário de Lisboa e foi chefe de redação dos jornais O Século e O diário. Foi crítico de teatro no Diário de Lisboa e em diversas revistas e publicações.

 

Em 1971, fundou o Grupo de Campolide e estreou-se na encenação. Em 1976, no Teatro da Trindade, transformou o Grupo de Campolide em companhia profissional. Dois anos depois, instala a companhia em Almada. O Festival de Almada - o maior do país e considerado um dos mais importantes a nível europeu - seria criado em 1984 e, quatro anos mais tarde, Joaquim Benite inaugura o primeiro Teatro Municipal da cidade.

 

O trabalho de Joaquim Benite ao serviço dos palcos foi reconhecido com vários prémios, entre os quais a medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Em França, o encenador português foi condecorado pelo Governo com o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e, em Espanha, recebeu a comenda da Ordem de Mérito Civil atribuída pelo rei.”

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:29
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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012

DAS ENTRADAS AO CAFÉ

 

Maria Zeldis – “A la Fenêtre"

 

Entradas

 

Dizia Saramago que mesmo o escrever mal as mais das vezes arrebanha ideia, uma boa ideia. Porque arredia nesse tempo, contava meses em que não movia dedos no exercício da escrita. Pode dar nisto a obrigação de honrar nome, obra apaixonante e feita, prémios, condecorações e uns tantos bibelôs recebidos, alguns a merecer tranca na arrecadação. Nem a demora de assunto para livro ou galardões lhe davam cuidados.

 

Não faltando ideias, torço o crivo que as separe por peso, tamanho ou bondade. Atamanco frases, tenho um gozo danado e quem tiver paciência bastante para me ler que se avenha com a (in)digestão do cozinhado. Alternativa simples: passar adiante.

 

Prato de sustança.

É bem-amado o cheiro a castanhas assadas à mistura com o do Natal. É desmiolado pendurar nas ruas enfeites natalícios quando o metal é curto e as dívidas tentaculares. É atropelo o carrocel de festas que o consumo inventa. Inexistindo, são as promoções lojistas, esmeros da publicidade e sorteios. Melhor só nas feiras d’antanho onde o ‘vendedor da banha da cobra’ tinha léria sem defeito, garganta e pujança ao vozear monólogo como ator consumado. A propósito: quem se lembra do saudoso António Assunção debitando em ritmo demoníaco texto encenado pelo Joaquim Benite da Companhia de Teatro de Almada?

 

Sobremesa

Sendo que as palavras saltam como castanhas quentes, por pouco não olvidava o que chegou da memória e é maleita comummente impingida às crianças:

_ O que quer a menina ser quando crescida?

Era farta a cabazada de vezes que amigos e conhecidos dos pais mo perguntavam, em particular na visita ritual das Santas Festas. De início, embasbaquei - nunca em tal houvera pensado. Depois, exibi sensatez no projeto de médica como verbalizava a família. A partir daí, borreguei: dizia o que em primeiro ganhava a meta da gana. Até ao dia em que a prima Carminho, hipócrita, «peneirosa» e malvada (isto ouvira dizer na cozinha à Lúcia), caiu na esparrela do mesmo indagar. Nem hesitei:

_ «Flausina» como a prima. Se me dá licença, vou brincar.

Pendulando o cabelo, virei costas.

 

Café

 

Não se entretivesse o diabo em enredos, bichanei inquietude à Lúcia:

_ «Flausina» é profissão, não é?

 

Nota: texto publicado, há instantes, aqui.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:26
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Olá. Posso falar consigo sobre a sua tia Irmã Mar...
Olá Tudo bem?Faço votos JS
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