Daniel Green, Andre Wek
Médicos estão num jantar, assistem a um espectáculo, e, no intervalo, encontram amigos ou conhecidos. De imediato, em percentagem significativa, correm o risco de consulta palrada: _ Sinto isto e mais aquilo, não durmo sereno, acordo com cãibras a horas inusitadas, vomito ao acordar, o coração bate como máquina descontrolada. Que acha ‘doutor’? E o ‘doutor’ não acha nada por ignorar a história clínica, sorri, estando o humor em alta, caso a fadiga dos «bancos» obrigatórios o determine mantém o fácies cerrado, recomenda visita ao médico de família. Sendo próximo o queixoso, oferece consulta particular, inevitavelmente à borla, estando a potencial maleita incluída na especialidade pela qual optou. Mais grave é o putativo doente solicitar ultrapassagem na lista de espera para cirurgia ou quejando. O 'doutor' rejeita com a urbanidade possível.
No retrato, quiçá fiel, deste português ‘desenrasca’, sobressai o estado da saúde lusitana – quem conhece auxiliar dum hospital, enfermeiro ou médico vulnerável a pedinchices tem garantido préstimo abreviado. Os outros são o «maralhal» - esperam, desesperam e descrêem nos serviços de saúde aos quais, legitimamente, têm direito. Aplicadas as medidas da Troika, além do mesmo acrescerão comparticipar financeiramente e em alta nos tratamentos precisados. Adeus taxas moderadoras injustas – tanto paga o rico como o pobre – olá financiamento do utilizador. Malvada decisão sendo ineficaz o sistema contributivo segundo os rendimentos individuais! Reduzidos os «isentos» das contribuições na assistência do Serviço Nacional de Saúde, que a vilanagem do metal pago justifique serviços apropriados na rapidez e fiabilidade dos cuidados a prestar.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros