Manuela Pinheiro, colecção particular
Dos gostos o que mais importa é gostar. Muito. Irreversivelmente, acontece. O belo, seja o que for para a maioria dos humanos, está condicionado ao gosto – teu, meu não. Mas preciso mesmo é animar a malta com qualidade estética, seja na música, nas letras, nas artes plásticas, cénicas - bailado, ópera, teatro. Acredito na beleza das atitudes e dos comportamentos, no ensino e divulgação das artes como modo outro de educar. Porque nunca tudo está esparramado em manuais, ir além é indispensável. Pelos educadores, pelos governantes, pelos líderes de opinião, pela investigação em ciência. Houvesse o culto do belo chuchado com o leite materno ou misturado nos biberões, e cedo seria encaminhado o pepino para estares orientados no sentido da imperfeita perfeição. Sendo exclusivamente individual a leitura dela feita, o desafio que constitui como «meta» sem chegada enriquece o mundo através das várias leituras significantes.
E qual o lugar do feio? O que é? _ Aspecto diverso e oposto do que para cada pessoa o belo exprime. Desconfortável quase sempre. Causa repulsa as mais das vezes. Pelos sintomas, bitola? _ Nunca universal, é certeza. Porém, a cada um pertence reacção diferente. _ Pode obliterar a beleza, conceito tão incerto como o anterior, abatê-la em momentos particulares? _ É possível como a guerra, agressões de teores diferentes, as desigualdades sociais, a fome, a miséria.
O mundo está dividido em duas partes que dele são essência: o belo e o feio. Todos os humanos também as possuem em fracções variáveis que as vidas e o planeta reflectem. À conta do belo criamos, pelo feio destruímos.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros