Michelangelo Buonarroti
Tudo começou por uma lenda. Séculos atrás na cidade japonesa de Kawasaki, demónio houve que se escondeu na vagina de uma donzela. Perverso e com dentes afilados castrou dois homens na noite de núpcias. A virgem devia ser apetecível por mais se candidatarem ao lugar de vítimas. Justiceiro ou cobiçoso, o ferreiro puxou da bigorna e construiu um falo em aço. Na investida, quebrou os dentes ao demónio. Não é contado se o demo saiu da gruta guinchando de dor ou definhou por ausência de alimento.
Desde há 150 anos, os monges do templo local perpetuam a história do deus que garante fertilidade e harmonia aos casais. Seja pelo bom desempenho divino, ou pela oportunidade, já conta mais de quarenta anos o “Festival do Falo de Aço”. Os órgãos sexuais femininos e masculinos, símbolos do templo, dão forma e cor a doces, lembranças, postais, esculturas. Dois pénis XXL vagueiam pelas ruas em andores, habitantes e turistas atrás, rezando os primeiros, divertidos os segundos. É ensinado esculpir ícones das partes pudendas a partir de tubérculos como nabos e cenouras. Quem não sabe aprende. Depois, regressa a casa disposto a acrescer fertilidade aos pitéus e saladas.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros