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É costumado a ciência permanecer aferrolhada nos estabelecimentos de ensino superior ou secundário. Na região de Lisboa, abrir portas e apresentar a olhares exteriores e curiosos o feito, somente uma vez por ano no Técnico ou na Faculdade de Ciência e Tecnologia sita no Monte da Caparica. Iniciativas com mérito por desmontarem o papão da dificuldade, de reduto exclusivo de superdotados, por motivarem nos jovens interesses e futuros associados à área científica. Todavia, as mostras decorrem fora dos ambientes laboratoriais principalmente por razões de segurança que convém respeitar a favor de visitados e visitantes.
Como excepção bem-vinda, escolas há que, sem pejo, nos dias dos chamados “Laboratórios Abertos” abrem os laboratórios e é neles que as actividades decorrem. Convidados privilegiados: alunos que cursem Humanidades, Economia e Artes que, por inerência dos curricula, estão afastados daqueles ambientes. Sem eles progrediriam mantendo estranheza e desinteresse pelas ciências experimentais, ou considerando-as passes de magia com intervenientes que em vez de mantos e cartolas vestem batas brancas.
Ken Costello, Michael Dooling
Quem organiza “Laboratórios Abertos” e treina estudantes para, com desenvoltura, realizarem actividades experimentais e delas explicarem fundamentos, quem observa o luzir de olhos desprevenidos e as perguntas feitas maravilha-se e dá por bem empregue o esforço no antes e no durante. Perante o excelente acolhimento da iniciativa, são os jovens cientistas, dinâmicos e ambiciosos, que sugerem mais: levar ciência a Instituições de Solidariedade onde são acolhidas crianças e adolescentes, outrora desprotegidos, que nelas estudam.
A concretização do objectivo carece de projecto detalhado nas etapas. Frequentemente, este público-alvo desconfia de quem chega. Esbater receios é o começo, após manifesto apoio dos dirigentes e educadores que deles cuidam no dia-a-dia. Para o alcançar, nada como um convite para participarem nas actividades experimentais en su sitio: nos laboratórios das escolas oficiais. É ali que conhecem realidades inusitadas onde imperam alegria e gosto. Pedem batas e ensaiam novos fazeres, criam empatias com aqueles que, depois, às Instituições de Acolhimento transportarão ciência na mochila ou na pasta. Workshops regulares feitos por voluntários, supervisionados pelos professores, levam nova vida a vidas juvenis. Aprendem uns e outros. Da partilha, da ciência que mexe, do convívio, da solidariedade mútua, advém riqueza dividida por todos.
CAFÉ DA MANHÃ
Havendo dúvidas nas explicações, terei gosto em fornecê-las.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros