Chamaram a Lady Lovelace ( 1815 - 1852 ) a feiticeira dos números. Filha de Lord Byron e de Annabella Millbanke, ambos providos de talentos inquestionáveis: na poesia, o pai, na matemática, a mãe que a criou sozinha e com desvelo. Fez dela menina exemplo no porte e na educação abrangente.
O sortido de privilégios, nomeadamente do intelecto e sociais, permitiram-lhe contato com personalidades maiores da época, alguns reconhecidos matemáticos. A curiosidade induziu-a a sólida formação científica e ao interesse pela máquina analítica de Charles Babbage. Este viria a convidá-la para traduzir e dar sequência à obra de Luigi Menabrea sobre a invenção. Sem tardança (1842), Ada expandiu os conhecimentos e escreveu vários artigos. Ficou conhecida como a inventora da programação de computadores.
O seu legado, modelo para meninas e mulheres jovens, considerando carreiras em tecnologia é lembrado no Dia Ada Lovelace, dedicado à celebração das conquistas das mulheres na ciência e tecnologia. A comemoração tem início em Kiribati, o país mais a este no mundo, e continua durante cinquenta horas até terminar na Samoa Americana.
Hoje, em que a União Europeia recebe o Nobel da Paz, é solicitado ao Comité Nobel que em 2013 o prémio seja atribuído à jovem ativista paquistanesa Malala Yusufzai. Por atentado talibã, Malala quase pagou com a vida a luta pelo seu direito a frequentar a escola, bem como semelhante para milhares de crianças do seu país - do sexo feminino as mais atingidas. Que assim seja. Ada Lovelace aplaudiria.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
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