Pat Dugin
Ao observarmos os organismos, o planeta, a galáxia que nos abriga, ao sentirmos o vento lambendo a face, vendo o que nos rodeia e o horizonte esquecemos que “tudo é feito de praticamente coisas nenhumas”. O que falta às “coisas nenhumas” em dimensão sobra em número quase infinito. E, depois, há o vazio entre elas - o que parece compacto é afinal um imenso vazio ocupado por átomos, também eles com vazio dentro.
A história do átomo pode ser resumida de forma simples. Começou com Demócrito (460-370 a.C.), filósofo grego, ao constatar a divisibilidade da matéria. À parte última, invisível, chamou átomo. Durante dois mil anos o conceito/mistério resistiu até ao início do século XIX quando Dalton apresentou o primeiro modelo para tão enigmática partícula – esfera maciça constituinte de toda a matéria. Esta, não passaria de átomos compactados passíveis de combinações.
Thomson viria a descobrir uma partícula quase sem massa e de carga elétrica negativa - o eletrão. Nos alvores do século passado (1904), substituiu o conceito de Dalton por outro – “o modelo do pudim de passas” ou não fosse ele inglês e amante do plum puddding natalício. Sabendo a matéria neutra, o átomo seria esfera de carga positiva onde os eletrões se incrustavam.
Seis anos decorridos, Rutherford propõe novo modelo. Explicado também o vazio na matéria através de experiência singular: bombardeando fina lâmina de ouro com partículas alfa positivas - núcleos do elemento químico hélio -,verificou que a substantiva maioria atravessava a lâmina sem desvio na rota. Logo, os átomos deviam estar espaçados pela inexistência de colisões. De raro em raro, uma “alfa” era desviada ou praticamente invertia a marcha. Rutherford deduziu com propriedade que os núcleos dos átomos teriam concentrada a massa e eram responsáveis pela repulsão com as "alfa"; os eletrões orbitavam a considerável distância deles. Comparação: se o átomo tivesse o tamanho dum estádio de futebol, o eletrão seria um berlinde no centro do relvado. Bohr e Sommerfeld melhorariam (...)
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