Ella Fournier, Robert M Baumbach
Nesta época de aniversários de «escorpiões» familiares que vivo – cinco no total -, hoje acontece mais um. Lembro «escorpião» memorável: Marie Curie. Fora a esperança de vida duplicada e não tivesse manuseado material radioactivo sem qualquer protecção - ao tempo, 1896, eram dados os primeiros passos na descoberta da nova energia – cumpriria o aniversário 147. Mas não, partiu com sessenta e seis anos devido à leucemia provocada pelo meritório trabalho iniciado com a pechblenda rica em urânio, o elemento natural com maior massa. Mereceu dois prémios Nobel: da Física partilhado com Pierre Curie, o marido, e com Henry Becquerel que a incentivara a pesquisar o que o urânio tinha para contar, e, oito anos depois, o da Química. Par de elementos químicos honrou-a através do nome de baptismo científico: o polónio, devido ao país natal de Marie, e o cúrio que pretendeu abranger Pierre Curie. É contado que ainda hoje todo o material de laboratório utilizado pelo casal nas investigações emite radiação em dose letal. Não que admire por ser longo o período de decaimento radioactivo.
A «escorpião» que muito amo e partilha data de aniversário bem como o nome com Marie (vertido para português), além de milhões de humanos, é mulher notável aos olhos de quem a conhece. O reconhecimento alheio não carece de grandes feitos que avancem as sociedades; a generosidade e o sorriso espontâneo que dela também é modo, a proteção de desvalidos com nome e rosto transformados em amigos/família conseguem permanência na memória dos próximos. E são rosas orvalhadas que lhe ofereço, colhidas antes do sol, guloso, as lamber.
CAFÉ DA MANHÃ
Fazem parte do ofertado duas das vozes que prefere e recordam o segundo nome que detém.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros