Sábado, 6 de Setembro de 2014

IR E VOLTAR, Ó MAR!

 

 

 

 

Em mar afastado da costa, com ele ondular e ver o horizonte contrário do recorte das arribas, é enlevo a fruir. Apetece ronronar com a doçura da vagabundagem das ondas, brincar se fazem cabriolices, num mergulho sentir arrepio que sublinha vida boa. Já no convés, escolher a praia desejada onde é possível atracar – num bote, num táxi marítimo, atingir o areal. Descobrir.

 

Alexandre O’Neill criou slogan publicitário que perdura: “Há mar e mar, há ir e voltar”. Sigo o preceito - despeço-me dele em Julho, regresso-lhe aos afagos na última semana de Agosto. Intervalar pegadas na areia molhada com montanha é necessidade à qual não resisto.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 10:13
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Quinta-feira, 31 de Março de 2011

DIAS DE INOCÊNCIA

Damon Denys, Ennio Montariello

 

Num dia, numa noite, num sonho, a menina inaugurava outra inocência – gosto novo interrompeu momento. Aconchegou as coxas. O sábio instinto apertava-as mais um pouco. Ignorava o que advinha. Mas apertava as pernas de seda infantil sem mais saber. Ondas de prazer desconhecidas tremiam-na. E ela ia com os fluxos repetidos. Vazias ondas cerebrais, em tumulto as do corpo. Quando o vir e ir terminou, quando a lucidez tornou, sobreveio inquietação – que fazer daquele sentir nascente? Deixou-se ficar gozando o orvalho cujo nome não sabia.

 

Mais tarde, prazeres semelhantes acudiam inesperados. Interrogava a menina qual a razão de instantes/séculos que dela faziam outra sendo a mesma. Atenta, percebeu a reacção do corpo quando a surpresa chegava. Como se movia. Donde vinha. Que fazia sem fazer. Tomou a iniciativa – não era garota de esperar futuros. Reproduziu o sentido. Soquetes brancos e pernas nuas no estio que ainda não era. Vestido curto terminado com folhos. Amedrontava-a dependência do não controlado. Experimentou a posição iniciática, o ritmo das coxas - nada. Relembrou detalhes do sonho, do que fizera sem saber que fazia. Voltou o ribeiro alegre que dos penedos e seixos no leito ria em cascata. Sem que o adivinhasse, fez-se mulher nesse dia.  

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Na minha Piazza di Spagna, Trinità dei Monti em cima, sempre retorno.

 

 

CAFÉ DA TARDE

 

Cortesias do Cão do Nilo e Veneno C..

 

 

publicado por Maria Brojo às 07:53
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