Se a luz solar curvasse ao acaso, de sombras escorreitas não haveria notícia. Com todas as luzes o mesmo ao progredirem com velocidade de 3.108m e limitadas pela vibração conjunta de campos magnéticos e eléctricos perpendiculares entre si. Mas não, a marcha fotónica ondula, porém corre a direito. As sombras das embarcações, o bocal escuro da cerâmica quando o interior tem cor idêntica ao de fora, a quadrícula perfeita do mosquiteiro visto contra o sol forneceriam imagens diferentes. Tivesse o mosquiteiro largura entre os fios com ordem de grandeza semelhante ao comprimento de onda médio da luz branca ou visível (cerca de 10-6m), e tudo mudaria – os feixes luminosos, entupidos pelo obstáculo, experimentariam a difracção. Contornavam-no, alargariam a onda inerente, cristas e nodos, quando em fase, somar-se-iam. Manchas alternadamente escuras e claras o resultado como é, exemplo grosseiro, próprio das ondas marítimas pelas interferências múltiplas (imagem à esquerda). Newton começou, Huygens explicou quase tudo.
As cegonhas, descontado o bico como seta que no lugar é, apontam Norte e Sul pelas sombras projectadas se conhecida a hora solar e a orientação do levante; as que o loendro exibe rigorosamente delineadas são, como as anteriores, fenómenos comuns. Empirismo explica-os. Todavia, omisso o sol directo e veja-se a inutilidade orientadora da cegonha multicolor.
À difracção das luzes não é adequada a ultramicro distância entre partículas de fluidos, a água como exemplo. Menos ainda a dos sólidos como a areia. Mas areia e água denunciam obscuridades outras – se num lugar a areia é branca e o mar límpido, noutro o cinzento cria certeza de venenos mortíferos para a vida marinha. Razão uma de ter recolhido estrela-do-mar moribunda, conquanto a cobiça se tenha adiantado ao raciocínio.
Nota: síntese possível sem recurso à matemática e parca em códigos cientíicos. Necessariamente ligeira e com rigor diminuído.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia do Açúcar C.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros