Desfile de moda. Manequins em confraternização se mudas ordens do coreógrafo - “vire aqui, espere dois «flashes» do fotógrafo, não cerre os dentes, exiba o penteado, volta lenta, dois passos à frente, volte ao centro, saia pela direita, seja clean.”
Muitas, elas, muitos, eles. O olhar peregrinou duns para outros na falaciosa tentativa de lhes engendrar histórias coincidentes com a realidade. Não tão falaciosa assim como as conversas entabuladas a duas provaram – privilegiei mulheres pelo ar contido do género masculino e pelo entendimento desviado que a iniciativa minha podia adquirir. Assumo ter obedecido a estereótipos antigos, civilizacionais, por não ir comigo o papel de «engatatona» de serviço no evento se catalogada por machos equivocados e desatentos na multiplicidade de opções femininas. Maçada costumeira.
Das mulheres, três foram rainhas pela riqueza interior. Soube de vidas com mais escolhos que alegrias e que, ainda assim, logravam sorrisos. Análises perfeitas dos íntimos, generosidade nas partilhas. Mais ouvi do que falei, salvo para alimento dos diálogos. Aprendi mais do que dei. Trocámos contactos. Gravei-os no telemóvel e no espírito. Deles farei uso. Querendo, de futilidade saborosa é construído conhecimento vital.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros