O. O. Kokel Kharkiv – 1934 Chidi A. Okoye
Interrogação básica quando este início de século que já passou por futuro assético na fantasia cinematográfica, na da literatura ou da pintura do XX é retrocesso social e político em variegadas partes do mundo. Se muitas provas existem, as mais recentes já constituem o bastante para conferir algum suporte à pergunta.
1ª – Anexação de territórios pertença de nações alheias pelo medo da presença militar do país usurpador e de referendos ilegais como sucede na Ucrânia. A Rússia não tem qualquer pudor em absorver para o seu mapa regiões cobiçadas e alheias. Blindados e tropas que nada têm de fandangas impõem o seu poderio inicialmente nas fronteiras até pretexto aleatório e obscuro fazer soar o clarinete da invasão. Putin levou o descaro ao visitar a Crimeia e afirmar: “A passagem da Crimeia para a Rússia é ato de fidelidade à verdade histórica e se Moscovo respeita os direitos doutros países, espera o respeito pelos interesses legítimos da Rússia.” Ontem, os referendos de autodeterminação em Donestk e Lugansk. Farsas que escandalizam o ocidente. Verbalmente condenadas por ele. Consequência efetiva? Nenhuma.
2ª -O rapto das centenas de adolescentes na Nigéria é perversidade cometida por um designado ‘grupo radical’ do país - na verdade, eufemístico nome para bando de salteadores abrigados sob ideais políticos revolucionários. Na essência, atuam por interesses particulares. Estratégia: a comum imposição de terror sobre gentes indefesas. Nem é de pasmar que os múltiplos satélites «olheiros» não detetem vestígios das jovens – os piratas de terra dominam-lhes os métodos. A tragédia continua. Um mês decorrido, o esforço internacional combinado não apresenta os resultados que a tecnologia atual faria supor.
A segunda década deste século retrocede a tempos medievos e à tirania de suseranos. Retrocede às ditaduras do XX. Que temos feito de ti, XXI?
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros