Bo Bartlet, Madeline Von Foerster
Não fora o amor pela República, fazia minhas as palavras de ignoto cidadão que aos microfones da rádio desabafou: _ Se gastamos dinheiro a rodos para eleger figura decorativa cuja postura Mário Soares há muito formatou, mais vale por duas décadas e meia, no mínimo, deixar no comando p'ra encher D. Duarte e não bulir com as finanças públicas. De tão exauridas, merece ser reflectida a utilidade dos milhares gastos de cinco em cinco anos em campanhas estaadas. Pôr lá um Duarte com sangue venoso a mais dá no mesmo e é embolsado dinheirão pelos cofres do Estado, desde que o Dom sustente família e séquito com salário equivalente ao presidencial. O povo é mais sábio quando reage emotivamente do que após (des)esclarecimento cabeçudo pelos cabeçudos usuais.
Ontem, amigo provocador e com graça perguntou-me:
_ Votas no ‘guarda-livros’?
Gargalhada e negação. Retorqui:
_ E tu?
_ Terei de cruzar no Alegre.
_ Estás provido de Cinemet e Ulcermin para digerires o sapo?
– Será a frio; sem anestesia ou farmácos/ajudas.
Insistiu:
_ E tu?
_ Intervir na eleição, é certeza. Jamais falhei. Mas ando com uma azia que nada fermenta de bom. Por vez sola, maquino embelezar o boletim com vernáculo escrito na diagonal do papel.
_ E que ganhas/ganhamos com isso?
_ Proteger o meu fígado e dar vazão à bílis reactiva ao ‘lixar’ dum povo sem beira na eira raramente ao sol. Ser egoísta. Da ‘boazinha’ e confiante em serviço estou farta. É emoção. Com o tempo passa. Daqui até lá, saberei eu?
CAFÉ DA MANHÃ
Para alívio hepático a cortesia do Cremnóbata.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros