Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2013

QUEDA ETERNA, FMI E MAIS

 

Maggie Taylor

 

Motivação: relatório do FMI, as primorosas reflexões do Pedro Marta Santos e do Henrique Monteiro a propósito do dito. Medidas economicistas da (des)graça nacional.

 

Banalidade: o perímetro do buraco de ozono aumenta e dele a obesidade acentua-se nos países ricos.

 

Os mui nossos antípodas confirmam a banalidade. Bem perto da Nova Zelândia, o buraco é anafado e proporcional à dimensão do continente australiano que chamas varrem trágica e frequentemente. Culpa: entre outras, o ‘efeito estufa’ originado pelo desmantelar da «ozonosfera» sita na estratosfera entre 15 a 35 km do solo terrestre. E se é prejudicial aos humanos a destruição do ozono (O3) que inconsciências provocaram correndo décadas! O pior é fechar a rutura, visto a brincadeira dos pares de átomos de oxigénio (moléculas de O2) se ligarem a átomo desamparado do mesmo elemento químico demorar ror de anos na parte gasosa acima do nosso planeta rochoso. É que o Sol amigo responsável pela emissão da luz visível natural nem sempre o é: acompanham-na ultravioletas, infravermelhos e sopa nociva de partículas e doutras radiações. De todas, as perversas infiltram-se e devem ter acelerado os neurónios dos nativos da Austrália que não param de surpreender.

 

Concluíram investigadores australianos que pensamos melhor deitados do que em pé. A culpa é da noradrenalina, dizem, avessa ao stress e à ação da gravidade. O cérebro aquieta-se na horizontal. Finalmente, entendida a razão de tantas mulheres e homens que singram na vida deitados. Eles lá sabem.

 

Autoridades australianas decidiram ser literais quando alguém adquire o estatuto de ‘pés para a cova’: enterram-no na vertical. Economizam espaço – era suposto terem-no de sobra! – e minimizam o impacto ambiental enfiando o defunto num saco de plástico a três metros de profundidade. Simples e fácil de reciclar – a bicharada do subsolo inicia a refeição em tempo menor que o dum suspiro de gente.

 

O chamado «sono eterno» deixa de fazer sentido. De um passamento dir-se-á «queda eterna» e de um falecido «sentinela funda». Mortos sem direito a sossego. Há pouco finados, de imediato pasto de famintos organismos. Nem após a morte direito a tréguas precárias - esquife demora a ser corroído. Se importado, menos despesa. Subsídios por morte inferiores.

 

Conclusão: metodologia económica é. O FMI vai gostar.

 

CAFÉ DA TARDE

 

publicado por Maria Brojo às 12:04
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012

NA HORA DA MORTE, A CARESTIA

Maggie Taylor

 

Neste dia a Todos os Santos dedicado, informa a rádio que 5% dos funerais são pagos a crédito. Notícia de ontem, Dia Mundial da Poupança, lembrava que por cada centena de euros recebidos os portugueses põem de lado onze. Desde o início deste século que tal não acontecia.

 

Esperança de pelo cúmulo de dinheiro aforrado prevenirem os estragos económicos anunciados para o ano de 2013? Quase certo. Feliz ideia de adiantarem furos no cinto enquanto, com sacrifícios aumentados, é possível. Duvido que deste modo evitem a sangria dos dinheiros que um funeral acarreta. E há o sabido da morte surgir sem a delicadeza de aviso. E há a incerteza dos defuntos terem bilhete de ida redentora direta ao paraíso onde anjos soprem trombetas por novo santo chegado. E há a certeza dos vivos pagarem fatura untada. A prestações, às tantas. Pela alongada divisão mensal, já as coroas floridas esmaeceram, a cera das velas esgotou a chama, o esquife degradou-se.

 

Ainda assim, o pagante satisfará o compromisso pela morte do familiar cujo saldo bancário não chegou para descida à terra conforme os usos.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Para suavizar:

 

publicado por Maria Brojo às 09:22
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
Sexta-feira, 25 de Maio de 2012

SOBRE EMPRESÁRIOS MINORCAS

Beryl Cook

 

Empresários de consciência minorca são como cogumelos selvagens na base húmida dos pinheiros chegado o tempo. Abrem serviços, fecham-nos, usurpam salários e contribuições sociais aos funcionários, fornecem condições de trabalho deficientes. Uns trastes.

 

Anteontem, seguia um autocarro no regresso de excursão turística. Pejado de clientes estrangeiros, cerca de Alcantarilha, é avistado por brigada da GNR. O condutor e dono da empresa dedicada ao turismo, recebe instruções para cessar a marcha. Fugiu perseguido pelos agentes da autoridade. Quilómetro após é, finalmente, intercetado. Deixa o autocarro ao abandono com a 'estranja' pagante dentro. Corre sem rumo e arremessa as chaves do veículo para uma moita.

 

Ao ser lobrigado o empresário(?), foi constatado não possuir alvará para transporte de passageiros, certificado de matrícula, documento comprovativo de inspeção e seguro. Feita vistoria ao autocarro, dois pneus «carecas», óleo em derrame. A vida dos passageiros em risco.

 

Quantos empresários sem mínimo de ética existem neste jardim abandonado? _ Demais!

Razão da crise ou consequência? _ Ambas!

 

CAFÉ DA MANHÃ

O absurdo dos tempos, a precariedade.

 

publicado por Maria Brojo às 17:10
link | Veneno ou Açúcar? | ver comentários (1) | favorito

últ. comentários

Olá. Posso falar consigo sobre a sua tia Irmã Mar...
Olá Tudo bem?Faço votos JS
Vim aqui só pra comentar que o cara da imagem pare...
Olá Teresa: Fico contente com a tua correção "frei...
jotaeme desculpa a correcção, mas o rei freirático...
Lembrai os filhos do FUHRER, QUE NASCIAM NOS COLEG...
Esta narrativa, de contornos reais ou ficionais, t...
Olá!Como vai?Já passaram uns meses... sem saber de...
continuo a espera de voltar a ler-te
decidi ontem voltar a ser blogger, decidi voltar a...

Julho 2015

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

pesquisa

links

arquivos

tags

todas as tags

subscrever feeds