Segunda-feira, 16 de Março de 2015

HOJE, LISBOA EM VERDE ESMERALDA

Nikias Skapinakis paisagem-bandeira-portuguesa_jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nikias Skapinakis – “Paisagem – Bandeira Portuguesa”

 

 

 

 

“Portugal participa na ‘festa verde' da Irlanda com três monumentos, entre eles o Cristo Rei, em Almada. É uma marca irlandesa que seduz cada vez mais países - e turistas.

 

 

 

 

O que têm em comum a estátua do Cristo-Rei em Almada, o Coliseu em Roma, a basílica do Sacré Coeur em Paris, o Empire State Building em Nova Iorque, o Palácio Grimaldi no Mónaco ou a Torre inclinada de Pisa? Na noite da próxima segunda-feira, dia 16, logo após o pôr-do-sol, todos eles farão parte dos 125 edifícios históricos em 25 países que vão aparecer ‘pintados' em verde-esmeralda. A pintura, entenda-se, será uma iluminação especial que irá esverdear os monumentos que participam do ‘Global Greening', uma iniciativa da Irlanda para assinalar o dia do seu santo padroeiro, St. Patrick, que se celebra a 17 e que é festejado por mais de 70 milhões de irlandeses em todo o planeta. O projeto, iniciado há seis anos pelo Turismo irlandês, é também uma forma de promover o país à escala mundial e, em especial, o seu turismo.

 

 

 

O santuário do Cristo Rei, na margem sul do Tejo, não será o único monumento em Portugal a ser colorido com verde-esmeralda este ano. A estátua do Duque da Terceira, no Cais do Sodré, é uma das estreias da lista e o Palácio Museu dos Condes de Castro Guimarães, em Cascais, volta a juntar-se à iniciativa. Nos dois primeiros casos, as luzes verdes estarão ligadas durante três noites, de 16 a 18 de Março - apenas em Cascais o efeito de ‘Greening' irá prolongar-se até ao dia 21, data em que o evento fará o encerramento oficial.

 

 

 

A relevância e centralidade dos monumentos estão entre os principais critérios de escolha, mas as ligações à Irlanda também pesam na decisão. É o que acontece, por exemplo, com o Palácio Museu Condes de Castro Guimarães. O edifício em Cascais foi erguido por volta de 1900 para ser a casa de veraneio de Jorge O'Neill, descendente dos reis da Irlanda. E não falta sequer o cruzamento entre a arte portuguesa e símbolos irlandeses - como os trevos, reconhecidos como símbolo do país, na porta de ferro forjado do palácio e também na pintura de teto da ‘Sala dos Trevos'.”

 

 

 

 

Nota – Fonte.

 

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:00
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Domingo, 8 de Dezembro de 2013

FOI NA SEMANA PASSADA QUE PASSEI

 

 

 

No dia 29 de Novembro, Medeiros Ferreira foi o convidado da tertúlia "Vavadiando" promovida pelo excelente anfitrião Lauro António. À direita, Maria Eduarda Colares e Maria Emília Brederode Santos.

 

 

Lauro António apresenta o orador a uma assembleia sempre amável e, frequentemente, interventiva que escuta com prazer as palavras e a ironia subtil de Medeiros  Ferreira. Depois, as perguntas e o diálogo com todos.

 

 

Conceição Alexandre e Mary. Duas das muitas habituais presenças nestas aventuras de saberes.

 

 

 

O pintor Eurico Gonçalves, José Espada Teixeira e o ator e encenador Frederico Corado.

 

 

A 20 de dezembro, João Pereira Bastos na sessão de Natal do "Vavadiando". A não perder. O Vá-Vá espera todos aqueles interesssados em participar.

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

publicado por Maria Brojo às 08:13
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Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2012

AOS DITOS, POIS ENTÃO!

 

António de Matos Ferreira - “Naufrágio”

 

Acusam os portugueses de indisciplina, do desrespeito pelas elementares normas no viver em sociedade. A ceifa de vidas pelas estradas, os incendiários por deleite ou o rapinar de bens alheios fazem da indisciplina pecadilho menor. Dela fornece testemunho o hábito do sonoro arroto atingindo os extras quem estiver a jeito, de deitar pontas de cigarro, papéis e caricas para o chão.

 

Aventam alguns outra razão: o português gosta de pontaria apurada. Quando, num estalar de dedos, atira a ponta de cigarro, substitui cesto de basquete pelas pedras da calçada. Amarfanhar numa bola o papel do magro saldo bancário e pontapeá-lo com raiva para baliza invisível é prova de vida do goleador que há no fundo de todos nós. Tampas, maços vazios, o jornal lido, tudo serve para encestar. Ok, é ao lado do que estava em mira, mas treinámos, e isso é que conta. Por outro lado, quando um cretino está a pedir murro certeiro nos apêndices inferiores, normalmente mal reagimos e preferimos despejar fúria nos botões:

 _ “Podia assestar-lhe pontapé valente, mesmo no meio, mas não. Fui superior àquele reles.”

 

Português é inseguro. Somente perentório no sim ou não, chamar «besta», em voz audível ao grandalhão que na rua o importunou se está entre paredes; as dele. Aí, a verve não falta. Azucrina os «putos» e a mulher, mas mostra quem manda, que é homem, que os tem no sítio. A verdade é nunca saber se os tem ou não. No sítio, claro. Se atentarmos nas vezes em que os apalpa e o alívio reconhecido por não terem debandado, deixa o observador com dúvidas: para onde poderiam eles ter migrado? Tão caducos que o pobrezito receia que lhe caiam aos pés? Que cachorro vagabundo os coma logo ali? Remédio: açaimá-los pela manhã. Aos ditos, pois então!

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 06:58
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Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011

JÁ FOI VADIO, CASTIÇO

Pablo Picasso, autor que não foi possível identificar

 

Lamento musicado. Questões da alma na voz e nas cordas das guitarras. Já teve xaile aos ombros e flor no cabelo da cantadeira. Já foi vadio, castiço, fado canção, banda sonora de filmes nossos e de fora. No José & Pilar, pré-seleccionado para Melhor Filme Estrangeiro, é a voz do Camané no fado “Já Não Estar”, também pré-seleccionado para atribuição do Óscar à Melhor Canção Original, que empresta fundo a isto de ter nascido português.

 

Porque do fado o que sei não vai além do gosto/não gosto e sendo gosto acompanha-me em leituras e afazeres, recomendo o que nesta ligação foi escrito. Aprendi e se alargar conhecimentos me agrada!

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Interpretações diferentes do mesmo. As vozes são decisivas na perturbação que com cada uma delas experimento.

 

 

publicado por Maria Brojo às 07:39
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Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

“LEVA-ME AOS FADOS”

Gustavo Fernandes, Manuela Pinheiro

 

“A decisão da UNESCO foi favorável à candidatura portuguesa e o Fado passou, a partir de ontem, a ser considerado Património Imaterial da Humanidade.” Sinto-me alegre como badalo de igreja ao exultar, oscilando, boas novas.

 

(Url)

  

"Chegaste a horas
Como é costume
Bebe um café
Que eu desabafo o meu queixume
Na minha vida
Nada dá certo
Mais um amor
Que de findar me está tão perto

Leva-me aos fados
Onde eu sossego
As desventuras do amor a que me entrego
Leva-me aos fados
Que eu vou perder-me
Nas velhas quadras
Que parecem conhecer-me

Dá-me um conselho
Que o teu bom senso
É o aconchego de que há tempos não dispenso
Caí de novo, mas quero erguer-me
Olhar-me ao espelho e tentar reconhecer-me."

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 00:05
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Quarta-feira, 31 de Agosto de 2011

ENTRE OS ‘DE LÁ’ E ‘OS DE CÁ’, ‘ALMINHAS’

Pat Durgin

 

À freguesia de Aldeias pertence São Cosmado e Alrote, respectivamente ‘povo de cá’ e ‘povo de lá’. Neste, havia somente capela, maior pobreza, menos população, embora aguerrida. ‘No de cá’, tinham casa famílias de nomeada com direito a solares ocupados quando Setembro chegava: o do Dr. Pedro e o do Dr. Raul. Do primeiro, o tio-bisavô padre Alberto Brojo, homem culto, foi capelão como anteriormente sucedera com os marqueses de Gouveia. Era o tempo da influência da Igreja Católica junto das gentes, fossem de última ou primeira água na hierarquia social. Era o tempo dos apelidos sonantes que serviam de cartão de visita e conferiam primazias várias a quem deles o notário oficializava o uso. As meninas Brojo, pertença da quarta geração anterior à actual, muito fruíram dos inúmeros salões, quartos, pianos e fantasmas inventados pela Carmo Isabel quando pretendia assustar as primas. Postada na base da escadaria de pedra que subia até à escuridão do sobrado, gritava:

_ Foge Rosinha, que vem aí a Ema!

E a benjamim das mais recuadas meninas Brojo, quando adulta bonita mulher que pêlos no queixo não desfeavam, fugia a sete pés tomada de pânico, não vislumbrasse da Ema, antepassada dos da casa, a caveira sob o manto/lençol branco.

 

As relações entre os habitantes ‘de cá’ e ‘de lá’ primavam por rivalidades. O povo de São Cosmado não interferia com o de Alrote salvo quando provocado. E era-o vezes algumas, também nas festas votivas: Nossa Senhora da Conceição e o mártir São Sebastião, lá, São Cosme e São Damião, cá. Eram discutidas com minudência as imponências das procissões, quantos anjinhos e andores, o comprimento das carreiras de gente atrás do padre e à frente da ‘música’ (banda filarmónica contratada), o andamento a compasso. Noutros momentos, não raros, junto às ‘alminhas’ que nos dizeres antigos eram separador geográfico dos povos, confrontos à paulada entre raivosos e divertidos garantiam falatório nos dois lados por muito e bom tempo chegado ao hoje por via da tradição oral. Para não acicatar o espírito conflituoso, a mais velha das meninas Brojo ao falecer com oitenta e muitos, teve de esperar no esquife, junto ao adro da Igreja de São Cosmado, antes de lhe ser permitida entrada no lugar abençoado por não estar acabada a missa que culminava, de Alrote, a festa da Nossa Senhora da Conceição.

 

Em idos, na passagem pelas ‘alminhas’ - bloco de granito com cruz esculpida e enfeitado por flores anónimas - tudo podia acontecer: orações com lágrimas, ataques de surpresa aos rivais ‘de cá’ que ‘para lá’ iam por amores ou obrigação. Bem pensou e melhor fez um de Alrote, enciumado por serenata a moçoila que dele era a luz dos olhos. Escondido atrás do bloco, ouviu do passante concorrente:

_ Adeus ‘alminhas’!

Retorquiu:

_ Adeus ó bêbado!

E o romântico movido a etanol por ali quedou pasmo, esquecido do objectivo.

_ «Atão» falais agora sem nunca antes me teres dado as boas noites? Pró catano convosco!

Amofinado, não passou adiante.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:19
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011

“INTELECTUAIS” E “ANIMADINHOS”

Al Moore

 

Na noite das sardinhas em sua base de broa e centeio ou de sucedâneos «marados», na noite dos balões folclóricos com fado nas esconsas ruelas, lembro o suplemento da Sábado desta semana que sugeria roteiro para” intelectuais” e “animadinhos”. Um mimo, não se desse o caso dos intelectos sem «ais» e dos animados sem «inhos», deambularem noutras paragens, quiçá ao redor de grelhador na varanda para 'darem uma' de “jantar fora”.

 

A vossa Teresa C. odeia convenções do calendário e outras – vezes há em que cede, outras em que não liga ao dia tantos de tal. Por não ter sido convidada para manear as ancas à frente ou no meio duma qualquer marcha, celebrou anteontem em terras dos últimos mouros em Portugal noite louca com balões e fado vadio. Avezou-se. Para que são precisas colinas e holofotes tantos nos sítios costumados quando o António Santo está em qualquer lugar?

 

De volta à urbe capital, vem dourada sem ter passado pelo número de lagarta ao Sol. Caminhou, fez paragem na praia dos pescadores, refrescou entranhas com bebida gelada, partiu um copo e um prato - mania de receber a direito os «UVs» e preservar na sombra o copo ao alcance do cotovelo, de «comiscar» quase dormida e esticar o corpo até onde permite o XL do sommier. Os hospedeiros perdoaram estragos. Bem hajam.  

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:32
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Sexta-feira, 6 de Maio de 2011

DA «FRANCESINHA» A REVOLUÇÃO NACIONAL

Jeanne Illenye, Frank Tonido

 

Ignorava, ouvi e dei razão: a «francesinha» foi eleita uma das dez melhores sanduíches do mundo. A honra foi conferida à genuína «francezinha», dita do Porto, confeccionada sem abastardamentos. Muitas variações servidas por todo o lado não almejam em sabor os calcanhares, assim os tivesse a montanha calórica e de sustento nascida na cidade tripeira.

 

Se o que produzimos é, pela qualidade, reconhecido lá fora, porque nos subordinamos a atafulhar o frigorífico de perecíveis importados? Mais lustrosos, tamanho crescido? Sim e não – também os produtos criados em solo nosso apresentam, na maioria, idêntica aparência. E se as manipulações genéticas, o tempo de conservação refrigerada das frutas, tubérculos e legumes retiraram sabor antigo, resta motivo decisivo para os preferirmos: euros do custo não se esgueiram pela fronteira. E se deles multiplicados por muitos precisamos…

 

Nestes dias de muitas imposições, mais uma viria a propósito: nas mercearias e supermercados, separar o que da estranja entra do produto nacional claramente identificado. Optar pelo nosso é acto de defesa que merecemos. Preços mais elevados uns cêntimos não devem distrair-nos deste acto de cidadania/revolução nacional – continuamos a despender em utilidades discutíveis fracções dos salários emagrecidos. Aumentadas as vendas do nascido sob olhar atento dos agricultores portugueses, esbater-se-iam diferenças de preços.

 

Identificação do que nos pertence, já! Não admito encher bolsos alheios quando os nossos estão vazos.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

publicado por Maria Brojo às 09:01
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Quinta-feira, 31 de Março de 2011

DIAS DE INOCÊNCIA

Damon Denys, Ennio Montariello

 

Num dia, numa noite, num sonho, a menina inaugurava outra inocência – gosto novo interrompeu momento. Aconchegou as coxas. O sábio instinto apertava-as mais um pouco. Ignorava o que advinha. Mas apertava as pernas de seda infantil sem mais saber. Ondas de prazer desconhecidas tremiam-na. E ela ia com os fluxos repetidos. Vazias ondas cerebrais, em tumulto as do corpo. Quando o vir e ir terminou, quando a lucidez tornou, sobreveio inquietação – que fazer daquele sentir nascente? Deixou-se ficar gozando o orvalho cujo nome não sabia.

 

Mais tarde, prazeres semelhantes acudiam inesperados. Interrogava a menina qual a razão de instantes/séculos que dela faziam outra sendo a mesma. Atenta, percebeu a reacção do corpo quando a surpresa chegava. Como se movia. Donde vinha. Que fazia sem fazer. Tomou a iniciativa – não era garota de esperar futuros. Reproduziu o sentido. Soquetes brancos e pernas nuas no estio que ainda não era. Vestido curto terminado com folhos. Amedrontava-a dependência do não controlado. Experimentou a posição iniciática, o ritmo das coxas - nada. Relembrou detalhes do sonho, do que fizera sem saber que fazia. Voltou o ribeiro alegre que dos penedos e seixos no leito ria em cascata. Sem que o adivinhasse, fez-se mulher nesse dia.  

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Na minha Piazza di Spagna, Trinità dei Monti em cima, sempre retorno.

 

 

CAFÉ DA TARDE

 

Cortesias do Cão do Nilo e Veneno C..

 

 

publicado por Maria Brojo às 07:53
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Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2011

MESSIAS COM BOLORES

Adam Pinson

 

Desculpa seja a minha ignorância, mas tem cabimento o descaro de representante duma república com negócios escusos e escuros com gente presa por maliciosos feitos contra o interesse nacional, com segunda casa obtida numa troca intervencionada por alguém atascado em ligações danosas ser candidato a reinar por meia década mais?

 

Neste fim de rua chamado Portugal, poderoso que bramar inocência e tiver atrás de si alinhada procissão de crentes suportada por maquinarias partidárias, está safo. Mirífica reputação de impoluto, ajuda. Em tempos de podridão e bolores, ganha quem tem olho e é rei. Uns enfeites, encenações de excelência, dedicados fabricantes de ganhadores, gentiaga arrebanhada à custa de messiânicas figuras – assim aos potenciais e desesperados votantes são apresentadas – umas tantas passeatas e arruadas e jantares cobertos enfaticamente pelos fazedores de notícias, chegam. Depois, é a história velha de quem está no poleiro ter ascendente sobre os restantes cidadãos.

 

Metesse cada anónimo a mão na consciência, assim ela deixasse, e não admitiria pertencer à carneirada dos suaves e piegas balidos. Reinando o desespero, os Messias encontram solo propício. Valerem-se do infortúnio alheio com promessas de 'daqui «pra» frente serei o indomado defensor dum povo desvalido' não é recomendável a dignidades que gostam de se dizerem entretecidas por imaculado e fino pano. «Ganda(s) mentiroso(s), credo!

 

 

 Carlos Botelho, Miki (old couple in lisbon - Portugal)

 

Mais e diferente escreveu o António:

“é verdade, se calhar vamos continuar a comemorar o dia da raça por mais 5 anos!

a menos que queiramos saber e queiramos fazer algo para mudar!!

ontem, Hélia Correia afirmou: é preciso começar!!!

para os cépticos, talvez valha a pena perguntar: algum dos candidatos se bateu por uma Constituição justa e solidária para um Portugal mais livre e mais fraterno?
 

algum dos candidatos se bateu pela igualdade de direitos, sem discriminação de género?

algum dos candidatos se bateu pelo fim do asqueroso regime de divórcio litigioso?

algum dos candidatos se bateu pelos direitos das minorias? pelo respeito pela diferença? pela tolerância?

algum dos candidatos se bateu pela afirmação e vivência dos valores culturais? apesar de alguns dos candidatos nem saberem o que isso é...

e nós, sabemos?”

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

 

publicado por Maria Brojo às 06:36
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Sábado, 8 de Janeiro de 2011

JANTAR E UMA NOVENA

Autor que não foi possível identificar e Gerald King

 

O Sr. e a Sr.ª Silva, durante onze anos e enquanto professores, amealharam uns trocos.

_ Que lhe fazemos, Maria?

_ Deixo contigo, Aníbal. És tu o especialista. Desde que o nosso e o futuro dos «piquenos» fique a salvo, aplica como quiseres.

E o Sr. Silva, escrupuloso em tudo, com as poupanças também, averiguou o que de melhor ofereciam os bancos. Calhou ser duma sociedade detentora do BPN a melhor oferta. Amigos de confiança garantiram a fiabilidade do investimento. Regressado a casa, diz o Sr. Silva à dona Maria:

_ Podemos continuar a dormir descansados. O que poupámos está em recato. E a bom preço, vê lá a sorte! Já agora, tens lembrança onde colocámos os outros dinheiros?

_ Eu não, marido. Dá uma volta aos papéis do escritório e junta numa só pasta esses documentos. De caminho, arruma-o e aproveito para a Joaquina fazer uma limpeza a fundo.

 

Anos volvidos, dá-se o caso do Sr. Silva subir a Presidente da República. Mais parecendo a gestão do banco cesto de roupa suja, no gabinete do palácio fronteiro ao Tejo chegou-lhe às narinas cheiro semelhante ao dos estrugidos queimados pela Joaquina. Matutou e decidiu, no momento, vender as acções. Corria 2009. Escreveu cartinha ao BPN, ao cuidado não é sabido de quem, solicitando que lhe arranjassem comprador digno, que as estimasse, que honrasse os sacrifícios económicos da família Silva para as obter. Na condição de Presidente amigo da transparência, deu conta na página oficial que lhe regista ditos e feitos. Suspirou - alma limpa como hóstia engolida com fervor na missa.

 

Na tranquila passeata para renovação do cargo em Belém, vêm à tona as referidas aplicaçõezinhas. Portas adentro, brama a família Silva contra suspeitas erguidas e aleivosias.

Lamenta-se a Sr.ª D. Maria:

_ Logo tu, marido, logo nós trabalhadores esforçados, poupados, modelo das famílias portuguesas de bem. Mas deixa que resolvo tudo: convocamos a miudagem para jantar hoje, o peixe chega para todos, e rezamos novena. A Srª de Fátima ouve-nos. Considera Belém tão no papo como a garoupa da ceia.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

Cortesia do Pirata-Vermelho.

 

publicado por Maria Brojo às 09:52
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