Mark Blanton, Lauren Bergman
De novo, tropeçou. A causa não foi liana estendida no caminho ou pedra aleatoriamente caída, ambas invisíveis. Como ré a calamidade financeira neste lugar onde a Europa termina. E fina-se mesmo aqui! À Geografia e ao passado recente ignorámos o não. Os decisores vogam num charco de contradições sem que da água parada levantem cabeça. Os «politosos», as mais das vezes, confundem. Os que são povo sofrem e ajudam menos que o devido. Serviço limpo na tarefa de afogar o país.
Quando a governação e a oposição preferem à objectividade sondagens e cálculos de poder, quando desfolham o malmequer – hoje, sim, amanhã, se verá -, quando é facto não terem surgido como gavinha primaveril ao penduro do nada, quando 70% do pecúlio anual é gasto com funcionários, subsídios, espigos outros, mais que questionar os dois pontos descidos numa agência de rating é necessário repensar quem somos e a linha de rumo.
Antigos ministros das finanças (ausentes, deliberadamente, maiúsculas) têm botado discurso. Medina Carreira reclama a intervenção do FMI, Pina Moura conforma-se, Ernâni Lopes protege a dama espadachim: cortar na faixa dos 15, 20, 30 por cento os ordenados dos funcionários públicos, ministros dentro (“15 sem dúvida, 20 provavelmente"). Indagado sobre o modo de o dizer aos portugueses, o Sr. Lopes foi além: _ "A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é." De seguida, o sector privado faria o mesmo. Mão-de-obra competitiva, objectivo final. Entretanto, na Saúde, Ana Jorge lança apelo: “façam sopa em casa”. Haja Deus!
Uma mulher vem do trabalho para casa e ouve o que não quer, mas quer, porque fácil o clique que a mude para remanso com CD. Governos em banda larga: de iniciativa presidencial, de salvação nacional, de bloco central, de sábios. E a mulher enfia-se na catacumba, pisos vários abaixo do habitat. Já no elevador, deslizando o -2, tem um baque _ querem ver que a Moody’s entrou?!...
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros