Boas novas nem são tão raras assim. Perdido foi o fulgor nos espíritos de contrariarem a desgraça atávica pela qual nos habituámos a culpar as leis, os governos, o povo, o mundo, a malvadez da globalização*. Dá arranjo incriminar outrem ou o abstracto pelo não almejado por falta de vontade, coragem e trabalho. Muito Trabalho.
Em sete anos, de 2001 a 2008, nas estradas nacionais, houve uma redução de 47% de mortes. Juntamente com a França e o Luxemburgo, progredimos de modo substantivo nesta estatítica. Até 2010, escassos três pontos percentuais nos separam da meta de 50% a menos de vítimas rodoviárias. Objectivo imposto pela União Europeia. Em contrapartida, a Roménia e a Bulgária viram aumentar em 2008 o número de mortes na estrada.
Esta evolução positiva é peneira que não tapa a borrasca de, no ano passado, terem sido contabilizadas 79 mortes nas estradas por milhão de habitantes. Acrescendo os que falecem nos hospitais, a estatística aumentaria tragicamente.
O progresso registado tem componente decisiva: assistência médica mais eficaz nos vinte primeiros minutos após o acidente. Intervalo de tempo que é estrada curta entre a morte e a vida.
* Melhor reflexão sobre este tema do que aquela constante dos comentários no post de ontem, "Ora et Labora Dixit", ainda não li. Recomendo-a vivamente.
Aproveitei a sugestão do Zeka de voltar ao Jim Warrem. A prova está na imagem acima. De outra do mesmo autor farei texto amanhã.