Quarta-feira, 6 de Maio de 2015

ANTES E DEPOIS DO VERMELHO IMPERIAL

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Desta publicidade ao Transiberiano na Exposição Universal de 1900 em Paris, nasceu o texto.

 

 

 

Ela caminha de alto com desespero líquido do olhar. Não lhe vacila o passo lançado pelo corpo elegante. A fragrância fica quando o pé, delicadamente arqueado, aponta à frente o extremo do sapato. Exclusivo. Caro. Como traço que termina assinatura. E da atitude impressiva, quem a vê não lhe é fácil desprender o olhar. Há pessoas assim, sem que interesse raça ou posição social - o sapato vulgar nelas adquire condição de precioso artefacto, fabricado com esmero e dedicação. Mas o desespero persiste. A nostalgia é manto que esvoaça ao caminhar. Mulher fatal.

 

 

 

Olha, sem ver, para lá da janela. As cortinas encarnadas prendem ao lado. O vermelho imperial está nos pormenores do teto e no estofo das pesadas cadeiras de madeira maciça. As mesas para dois, ladeando as janelas, são cobertas pela alvura dos linhos e o brilho dos cristais. O corredor central é percorrido em paço que ondula e é firme pelos funcionários da carruagem-restaurante. Lanternas oscilam no ziguezaguear do comboio entre Moscovo e Pequim. Rússia, Mongólia e China são gigantes atravessados pelo Transiberiano. Dois dias na capital russa e durante cinco perdem-se olhares na longa estepe siberiana. Deixados para trás os Montes Urais, a cidade de Irkutsk e o lago Baikal, o comboio chega a Ulan Bator, capital da Mongólia. Espreguiça três dias e ganha força para enfrentar o Norte desértico até à fronteira da China. Pequim como sortilégio final.

 

 

 

Ela desce, tranquila como (…)

 

 

 

NOTA – Texto integral aqui

 

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 11:33
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Terça-feira, 7 de Abril de 2015

PROFECIAS DE RASPUTIN

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O homem não era boa rês, é conhecido. De tudo afirmava saber por artes próprias ou do demo. Iluminado, mágico, santo, funesto, insuportável. Por muitos cultuado. Li por aí algumas das suas intuições (profecias?). A «modos que» as acho próximas dos horóscopos - cada um enfia a desejada carapuça.

 

“Antes que O meu corpo se converta em cinzas, cairá a águia santa. Será seguida da águia soberba. - Por esta profecia foi entendida a queda do império russo, poucos anos após a morte de Rasputin, e a chegada do comunismo.

 

“As trevas cairão sobre São Petersburgo. Quando mudar o seu nome o império terá acabado. - Com a chegada do comunismo, São Petersburgo passou a chamar-se Leninegrado. Perdeu a condição de capital em favor de Moscovo.

 

“Maldito o dia em que se faça comércio com o útero materno. Neste dia os homens deixarão de ser criaturas de Deus para se transformarem em criaturas da ciência. - Referência ao aparecimento dos úteros de aluguer.

 

“O mar entrará nas cidades e nas casas. Os campos ficarão salgados. O sal entrará nas águas. Não haverá água que não seja salgada. - O aquecimento global e o derretimento da camada polar fazem aumentar o nível dos mares. Muitas cidades costeiras correm o risco de desaparecer.

 

“Quando Sodoma e Gomorra aparecerem de novo na terra e os homens se vestirem de mulher e as mulheres de homem, vereis passar a morte cavalgando sobre a peste branca. - Interpretada como referência ao HIV, considerando a promiscuidade sexual como causa da disseminação do vírus.

 

“Chegará um tempo em que o Sol chorará sobre a terra. Suas lágrimas cairão como chispas de fogo que abrasarão as plantas e queimarão os homens. - Possível referência à destruição da camada de ozono e respetivas consequências.

 

Como a maioria das profecias, as de Rasputin também deixam previsões de vida plena e abundante para a humanidade. Infelizmente, somente após o caos que construímos. Uma coisa tenho por certa: odeio profetas!

 

 

Nota- É hoje comemorado o centenário do nascimento de Billie Holiday.

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:00
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Domingo, 16 de Março de 2014

EXPOSIÇÃO DE GAVRILYACHENKO NATALIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Gavrilyachenko Natalia estudou arte em Moscovo. Pintora que se debruça sobre a fluidez dos óleos, dos tons, da água. Nas suas obras, sempre com texturas inovadoras que pelo exibido aqui não visíveis devido à reprodução em fotografia, utiliza técnicas várias dominadas com sabedoria. Maioritariamente, embala-a bucolismo que origina ambientes oníricos onde apetecem olhares prolongados e repetidos. Evolutiva, é constante a pesquisa de novos caminhos. Pintora cujo trajeto merece atenção.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:42
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