Segunda-feira, 10 de Dezembro de 2012

DIA ADA LOVELACE

 

 

Chamaram a Lady Lovelace ( 1815 - 1852 ) a feiticeira dos números. Filha de Lord Byron e de Annabella Millbanke, ambos providos de talentos inquestionáveis: na poesia, o pai, na matemática, a mãe que a criou sozinha e com desvelo. Fez dela menina exemplo no porte e na educação abrangente.

 

O sortido de privilégios, nomeadamente do intelecto e sociais, permitiram-lhe contato com personalidades maiores da época, alguns reconhecidos matemáticos. A curiosidade induziu-a a sólida formação científica e ao interesse pela máquina analítica de Charles Babbage. Este viria a convidá-la para traduzir e dar sequência à obra de Luigi Menabrea sobre a invenção. Sem tardança (1842), Ada expandiu os conhecimentos e escreveu vários artigos. Ficou conhecida como a inventora da programação de computadores.

 

O seu legado, modelo para meninas e mulheres jovens, considerando carreiras em tecnologia é lembrado no Dia Ada Lovelace, dedicado à celebração das conquistas das mulheres na ciência e tecnologia. A comemoração tem início em Kiribati, o país mais a este no mundo, e continua durante cinquenta horas até terminar na Samoa Americana.

 

Hoje, em que a União Europeia recebe o Nobel da Paz, é solicitado ao Comité Nobel que em 2013 o prémio seja atribuído à jovem ativista paquistanesa Malala Yusufzai. Por atentado talibã, Malala quase pagou com a vida a luta pelo seu direito a frequentar a escola, bem como semelhante para milhares de crianças do seu país - do sexo feminino as mais atingidas. Que assim seja. Ada Lovelace aplaudiria.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:55
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Sexta-feira, 10 de Dezembro de 2010

RELIGIOSOS, POLÍCIAS E PROFESSORES

Autor que não foi possível identificar, Paul Corfield, William Perry

 

É refrescante saber que religiosos, polícias e professores estão equiparados na confiança que os portugueses lhes atribuem como os menos corruptos do país. Sendo que a maioria dos elementos das classes mencionadas são pelintras por desvio da roda da fortuna, esta fé comove. O mesmo que dizerem: _ Coitados! Que podem eles fazer? De que vale tentá-los se o sistema lhes confere poderes mínimos? Corromper por corromper antes aqueles com estatuto bastante para cunhas que influenciem advires.

 

Longe vai o tempo em que o pároco da freguesia era interpelado sobre a seriedade de jovem casadoiro(a). Em que distribuía pelos desfavorecidos queijo flamengo e leite em pó vindos da Caritas Americana, conquanto reservasse para os seus gastos fatia substantiva. A Irene Lisboa disso fez retrato vivido no “Crónicas da Serra”. Frades e freiras, pelo voto de pobreza, estão impedidos de acumular bens materiais em benefício próprio. Corruptíveis somente por via do coração. Um cachecol de agradecimento, ainda vá, sumptuosidades nem vê-las, nem delas experimentam o aroma, nem lhes caem no regaço.

 

Polícias é outra loiça, ainda assim resignados a parcas ligas metálicas em forma de moedas, no conjunto notas poucas, se no trânsito traficam medos. Isto para os mais afoitos. Os outros, nem isso. A fracção maior, portanto. Arriscam balázios, sim, pecúlios extra, não.

 

Os professores também honestos. Podem enfiar cunha para um infante ter acesso à escola onde os docentes quase pernoitam. Recompensa por isso? _ Nenhuma! A consciência e o risco de ficarem sem trabalho não lhes permite escorregar na rampa que lhes escapa e nem é tentadora. Podem dar explicações sem recibo, mas é crime outro: economia paralela que, somadas a muitas outras actividades, subtrai milhões ao fisco e ao bolso de cada um. Equivalente, assim se deparasse a possibilidade, faríamos pela precisão e pela raiva de tanto roubo incompreensível aos haveres e fazeres. Apontem-me um impoluto e crescerá a minha fé na lusa candura.  

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

Autor que não foi possível identificar

 

Cadeira vazia em Oslo ocupada por milhões.

  

Autor que não foi possível identificar e Clay Jones 

 

 

 

Após dezassete anos, os Da Weasel findam o projecto. Memória uma.

  

publicado por Maria Brojo às 07:10
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Sábado, 9 de Outubro de 2010

QUANDO O GONGO TOCA

Silva Palmeira

 

Tocou o gongo. Dada ordem de partida para nos anúncios dos jornais ou na rede procurar cursos intensivos da língua falada no império chefiado em Pequim. Urge que os muito novos e aqueles ainda longe da condição de reformados, estes, potencial ou efectivamente, unidades produtivas em exercício, aprendam chinês. A necessidade é independente das «baratezas» vendidas nos chineses de bairro - experimentalmente, é conhecido ser, a custo mínimo, satisfeita precisão súbita de lâmpadas, pilhas, fita métrica ou ‘amigos do senhorio’ para dependurar um quadro. Os donos da nova espécie de comércio local desconfiam de quem entra, olham com o nariz empinado, vigiam qualquer cliente como putativo ladrão. Mal falam - o «tugachinês» apenas serve para acumular maquias. É provável que os pregos fiquem torcidos após martelada inicial, que as lâmpadas, brincalhonas, se apaguem dum momento para outro, que a fita métrica jamais volte à caixa depois de esticada vez só. Ou não, porque no bricabraque, como disfarce, há miscelânea de bom e fraude. «Totochina» é jogo a cada dia da 'crise' mais procurado. Depois, há a nacional faceta de ‘contentinhos’: _ Que se danem os cinquenta cêntimos! Tivesse estacionado no Colombo para comprar no AKI o mesmo e gastaria mais pela lata parada.

 

A China, suave mas assertiva na matreirice, dominará o mundo – seja lembrado o gigantismo industrial, como defende a sua moeda e recusa valorizá-la mesmo sob pressão conjunta do euro e do dólar. Os senhores de olhos enviesados, através de deliberados sorrisos, espinha curvada e salamaleques, vendem e crescem mais que os grandes da tradição. Comunistas/oportunistas dominam o povo com ferocidade e presenteiam-no pelo silêncio com ocasionais e inocentes liberdades. Na Praça de Tiananmen estão gravadas provas. Mais houve e há.

 

Desafiar o partido é crime. Dissidentes como o, desde ontem, Nobel da Paz, Liu Xiaobao, tem vida que é testemunho da intolerância comandante. Três vezes prisioneiro por, na essência, defender respeito às directivas internacionais relativas aos Direitos Humanos, somente hoje saberá do prémio pela poetisa sua mulher.

 

As grades não impedem que voe o exemplo de Liu Xiaobao. Podem ser de aço. Bem chumbadas no cimento. Mas o pensar esgueira-se e viaja, incólume, no mundo.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 11:01
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