Fiorde Mälaren
Cheguei a esta idade sem nunca testemunhar a paisagem e o propalado way of life da Noruega e da Suécia. E a falta que me fazia nas trocas de ideias sobre os povos lá no cimo da Europa que se estiveram «nas tintas» para o euro… Espertalhões os maganos!
Deliberadamente, linguagem corriqueira que me dá infinito prazer devido ao estar geralmente empinado das gentes norueguesas e suecas: calados, parcos em agradecimentos e saudações que os latinos esbanjam – benza-nos Deus! –, relutantes em prestar informações seja na língua deles que ignoro e na recusa do uso do inglês que falam, I presume, melhor que nós. Abanam a cabeça da esquerda para a direita e não tugem nem mugem. A modos como os espanhóis mesmo quando lhes falamos em «portunhol». É evidente que somente lidei com o povão, mas se o meu se esforça na ajuda, o deles, jamais. Como se a altivez fosse substantiva diferença no top ten de importância dos países europeus.
«Pormaior» a não esquecer: alguns suecos roubam notas alheias muito pior que os nossos larápios encartados. Exemplo: após visita à imponente e dourada Prefeitura, sede das comemorações anuais dos Prémios Nobel, o «rebanho» foi direto para a loja do edifício. Apenas cobicei um magnete para acrescer a coleção dos que possuo vindos dos lugares da «estranja» onde permaneço. Paguei em euros, recebi menos de metade do troco devido. Reclamei. Silêncio da vendedora. Mandou-me avançar. Obedeci – o enjoo pelo descaro e pela «gentiaga» de muitas partes do mundo e por coroas isentas de serventia foram razões.
Sem espaço para qualquer dúvida, a geografia esmerou-se na formosura da paisagem que a noruegueses e suecos concedeu. De acordo com a sábia regra que afirma estar uma qualidade associada a um defeito, o sol penalizou-os com um clima de excessos – muita noite e pouco dia ou dia sem fim e noite quase reduzida a zeros em intervalo de tempo curto no ano. Tive a bênção de assistir às sobras do sol da meia-noite, a um navio de tonelagem impressiva rasar as sucessivas ilhas e à folhagem da belíssima vegetação de grande porte se colar às varandas mais baixas do resort flutuante. Impossível (…)
O panorama de uma aldeia na Sérvia Os telhados verdes das casas nas Ilhas Faroé.
Vibrantes ou de uma só cor, aldeias que parecem paisagens ficcionadas.
Casas onde moram freiras, no Tibete Aldeia na ilha Kastellorizo, Grécia
Esta é uma pequena "volta ao mundo”.
Pequena aldeia no Monte Fuji, no Japão Em Riomaggiore, Itália, são as cores vibrantes que sobressaem
Imagens únicas. Exemplos perfeitos de locais apetecíveis.
Dizem ser a aldeia mais bonita da Noruega, Reine Esta fica nos Alpes, em Grindelwald, Suíça
De dia ou de noite. Iluminadas pelo sol ou pelas cores das fachadas nas paredes.
A aldeia Abi Barak, no Afeganistão A aldeia Igloo, na Alemanha
No meio do nada ou no meio de tudo.
Na costa escocesa, Pennan, Scotland Visão noturna da aldeia Myggedalenillage, na Gronelândia
Aldeias "locais/postais" que vale a pena espreitar.
Nota – Esta é a fonte das imagens e do texto.
CAFÉ DA MANHÃ
Autor que não foi possível identificar e Marc Lee
Perante uma tragédia, após a estupefacção inicial, acompanham o sentir condoído interrogações. Rodopiam sem resposta cabal. Como pode um privilegiado do Ocidente desenvolvido, aparentemente saudável nos meandros da psique, extremar a convicção fundamentalista cristã até ao assassinato de mais de sessenta pessoas?
Se todos os radicalismos que fomentam matanças têm jus a condenação, fosse o criminoso filho dum povo oprimido pela cobiça, desrespeitado pelas crenças, sujeito a ingerências e guerras promovidas pelas democracias fingidas que alargam as penas de pavão sobre ele, algum entendimento é possível. Testemunhar durante anos fiados a morte de pais, irmãos, amigos conduz a violência cujo crescer é imparável. A idêntico final encaminham as profundas assimetrias sociais tirânicas ou democratas(?) que fracturam os humanos. Não as pensar como injustiça, bomba em construção, é imediatismo criminoso – os desperdícios do Ocidente obeso ajudariam milhões de sequiosos e famintos por este mundo além.
Nos países nórdicos, a social-democracia vigente é tolerante, resguarda os cidadãos. Anders Breivik Behring, norueguês e autor confesso da chacina em Oslo, bem como na ilha de Utoya, fruiu das benesses do país onde nasceu. O facto somente acresce incompreensão pelos atentados que perpetrou. Todavia, exterminar, às centenas, vidas na Líbia através de bombardeamentos liderados pela NATO, é despercebido pelos clientes do bife e do bem-bom no lado certo(?) do mundo.
CAFÉ DA MANHÃ
Dizem-no futuro hino que honra a quase centena de vítimas da Noruega - Mitt Lille Land (Meu Pequeno País ou Minha Pequena Terra). A canção foi editada ontem e interpretada por Maria Mena (ascendência norueguesa e norte-americana).
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros