Paula Rego - "O Embaixador de Jesus", 1997 Paula Rego - Série "O Crime do Padre Amaro
“Paula Rego é uma extraordinária contadora de histórias, utilizando uma linguagem não verbal como forma de expressão. Ao invés da linguagem verbal, usa uma linguagem universal representativa do mais profundo e oculto que existe na condição humana. Com a sua arte, a pintura e desenho, a autora diz fazer justiça. Sublima o sofrimento sentido na sua infância e, mais tarde, a revolta face a questões político-sociais, transformando em arte os seus aspetos mais sofridos.
As pinturas de Rego são prova de uma vitalidade criadora, é uma pintura narrativa e inquietante que reconstrói o poder das imagens e ilusão, promove o espaço da fantasia, do simbólico, da narrativa, do sonho e da realidade, reencontrando-se na realidade espelhada uma forma dura, crua e primária, sendo a sua obra ilustrativa do mais genuíno, mas também assustador e fantasmático da condição humana e social, como se observa nas temáticas dos seus quadros, estes inscrevem um enredo de significantes culturais distintos, como a ordem, o poder, a autoridade, a repressão, a humilhação, obediência e subversão. É, segundo Bessa–Luís (2008), uma escrita que se aprende e cresce na solidão, um mundo artístico que inscreve o lugar do prolongamento da infância e seus medos.”
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Nota - Aqui a razão da parte última do título.
Hoje, cumprida uma década após a partida de Carlos Paredes. Parece ter sido ontem.
CAFÉ DA MANHÃ
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