Mariola Bogacki
Não sei se me pertence algum merecimento ou é a saudade de quem está longe do país a pedir alívio. Pouco a razão importa quando constato chegarem a díspares sítios no mundo os elos criados através do fumo desta chaminé. Deste blogue tenho recolhido afeto e retorno que jamais ao rabiscar os primeiros textos idearia. Surpresa boa. Um dos prodígios das «redes». E se nelas encontram abrigo mercadores de almas, larápios, cabotinos ou escroques, nunca os lobriguei quando nesta «rede» bambaleio. Pelo dito, não decorra candura patética. Filtro o possível e do tempo espero decantação fina. O método não me tem traído.
Noutras «redes» há o sabido: pornografia, fantasias e sexo, tórridos (des)amores que acabam em dilúvios de lágrimas e furacões de arrependimentos. Outras ainda satisfazem a curiosidade pelo conhecimento novo de que precisa o evoluir do espírito – sem elas, como remediar, no instante preciso, uma ignorância incómoda? Viciantes todas, se a determinação pessoal deixar lasso o freio. Porque o percurso dos humanos não tem nos saberes a prioridade de vida, os afetos e o trabalho que apaixona são, afinal, o que de melhor trazem os dias.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros