Audrey Hepburn - Simone Morana Cyla Trevor - Humphrey Bogart
Numa entrevista, contou Sidney Pollack: “Sempre fiz filmes cujo centro é um homem e uma mulher. Para mim, é a maneira mais interessante de trabalhar. Não sei se isso me coloca, ou não, off-Hollywood. O certo é que esse é o tema que mais me seduz, seja em que género for. Penso mesmo que se trata do único aspeto em que os seres humanos não progrediram, nem progridem com o próprio envelhecimento. Mesmo homens de 80 anos continuam a interrogar-se sobre a dificuldade em manter relações amorosas, gratificantes e duradouras e a desejá-las mais do que tudo. Gosto de encenar esses homens e mulheres num mundo cujas circunstâncias refletem os seus problemas pessoais, e também o inverso.”
Por isto e pela ignorância cinéfila, manifesto ter-me rendido a um filme de Pollack consensualmente menor: “Sabrina”. Foi arrojo volver ao registo em celuloide obra do mágico Billy Wilder; colocar Julia Ormond no papel outrora desempenhado por Audrey Hepburn, Harrison Ford no lugar de Humphrey Bogart e Greg Kinnear para reinventar o desempenho de William Holden. Com “Tootsie” maravilhei perante comédia terna e limpa. De novo a música de Grusin - It Might Be You - interpretada, daquela vez, por Stephen Bishop. Pollack não hesitou na detença frente às câmaras: no filme de Kubrick, “Olhos Bem Fechados”, partilhou o plateau com Nicole Kidman e Cruise. Lastimo ter adormecido no "Out of Africa" - à época, a estafa era tamanha que envergonhada confesso ter adormecido em quase todos os teatros independentes ou não de Lisboa. Atingi o cúmulo da carreira de dorminhoca pública num bar do Represas - caí no enredo de Morfeu encostada às colunas de som. Ainda hoje me pergunto como não fui proscrita do grupo de amigos de então e de sempre.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros