Autor que não foi possível identificar, Jann Bollaert
Tenho evitado assuntos candentes que lembrem a nacional miséria quer ao nível das decisões tomadas pela mediocridade dos governantes, quer pela desgraça social que das anteriores decorrem. Decidi não lamuriar. Decidi não ser eco das lamúrias alheias, salvo quando a gravidade das situações o impõe. Tantos os desastres noticiados, que optei por atenção ao que corre sob as pontes e nos desgraça, sem que do silêncio escrito passe.
Pelo atrás dito, doravante, escolho notícias que revelem opções outras de vida. Que interpelem. Que revelem coragem. Para hoje, escolhi fração da nova biografia do “Capitão de Abril”. Reza assim:
_ “Otelo divide, aos 75 anos, o coração - e a semana - entre Dina e Filomena.
Incapaz de me atrever a moralizar a situação. Seria hipocrisia julgá-la adequada para mim. Mas quem legitima apedrejar formas diferentes de vida?
_ Não eu!
CAFÉ DA MANHÃ
Autor que não foi possível identificar, Tim Obrien
Não resisto a transcrever uma pérola do livro “O Medo do Insucesso Nacional” cujo autor é o actual Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. «Durante séculos, a majestosa cidade de Braga especializou-se na produção de um produto: padres. Basta percorrer as monumentais ruas da cidade para perceber a importância que a religião e a Igreja Católica têm para a região. São edifícios e mais edifícios (muitos deles de grande dimensão) dedicados à produção e formação de sacerdotes. Hoje em dia, a indústria de produção de sacerdotes bracarenses está em declínio”. (…) Porquê? (…) A grande causa do declínio da Igreja Católica em Portugal é simplesmente a falta de competitividade. A indústria de produção de padres perdeu competitividade, pois os custos de produção de novos sacerdotes são demasiado altos e o preço do sacerdócio é extremamente elevado.»
Outra afirmação, esta não me surpreendeu, de Otelo Saraiva de Carvalho: _ "O desagrado popular pode conduzir a um golpe de Estado pelos militares, mas, não havendo condições para isso, dependerá dos efeitos da nova lei geral do trabalho." Probabilidade remota e coisa e tal, não estivessem convertidos em yuppies com galões as médias e altas patentes militares que, duvido, trocassem carreira de mandadores pela entrega do poder aos civis. Também estes, sem dinheiro para cravos, não passariam pelo mesmo filme duas vezes, ou não reagissem apenas sob emoção obediente pelas subserviências genéticas.
Com 36 anos morreu no dia 19 de Janeiro de 1982. Foi a melhor intérprete de sempre da música brasileira. Seu nome: Elis Regina.
CAFÉ DA MANHÃ
Elucidativo e sem nada a opor através de António Eça de Queiroz
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros