Paul Meijering - Lou Reed Autores que não foi possível identificar – Lou Reed
“Era um aristocrata nova-iorquino. Ou, visto, de Los Angeles, um desses snobs contidos que toca guitarra como se não lhe coubesse um feijão já se está a ver onde. Visto daqui, de Lisboa, será sempre um tipo que caminhava pelo lado selvagem.
Tinha tanto de poeta como cara de velha. Misturava-se nele uma poesia simples e direta, um convívio fácil com as outras artes, um gosto suave por uma certa decadência existencial. Como todos os nova-iorquinos, parecia que podia ser europeu, mas nunca teria sido nada sem Brooklyn ou Coney Island.
Um tipo de veludo, um tipo das catacumbas. Teve alguns dias perfeitos. Fez canções e, sem o escarcéu de Keith Richards, tomou uma valente carrada de droga, da boa e da pesada. Para fazer canções, diz ele, batia uma todos os dias. Sem trabalho não se vai a lado nenhum.”
Nota: publicado no "Escrever é Triste".
Duas obras que vão além do simples retrato de Lou Reed. A primeira, de Peter Rodulfo - Living with Lou Reed, a segunda, de Fabrice Plas – Vicious, inspirada por um dos temas mais aplaudido de Lou Reed.
CAFÉ DA MANHÃ
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