Tilly Strauss, Patti Mollica
Calhou vir parar diante dos meus olhos. Porque da receita necessito, também a outros pode servir.
"Imagine uma destas situações. Fila no horário do almoço e restaurante lotado. A pessoa na sua frente abre a carteira e uma enormidade de papeizinhos, cartões e moedas caem. Pronto, a fila não anda. Ou, na saída do estacionamento a mulher revira a mala - enorme - e não encontra a chave do carro. Aborrecido, muito aborrecido. Evite essas situações e consequentes energias negativas deixando a sua carteira e a sua mala em ordem e com um bom Feng Shui. E mais: uma mala e uma carteira organizada é sinal de boas energias nas finanças e o contrário também vale. Então, confira as dicas e arrume já a sua mala e carteira!
Dos resultados, nada garanto - começarei hoje a segui-los, conquanto a das moedas amarradas ao nagalho vermelho não sei não...
CAFÉ DA MANHÃ
Keith Garv
Há trinta e seis anos, passajavam-se. Hoje, vão direitas paro o lixo comum por não serem embalagem, nem papel, nem vidro. São compradas em pares múltiplos, descartáveis como luvas de látex. Peúgas rotas, ainda que buraco pouco, seguem para o caixote dos desperdícios e outras saem da gaveta.
Há trinta e seis anos, sapatos com sola moída iam a remendo no sapateiro. Para evitar a despesa, colocados «protectores» metálicos que lhes prolongassem utilidade. Novos somente dois ou três pares por ano se estafados os anteriores e segundo o ciclo das estações. Hoje, adquirem-se sapatos como enfeites postos de lado mal a moda normaliza outros gostos/padrões
Há trinta e seis anos, mudando o peso corporal, volvia à costureira a roupa para apertar ou alargar – costuras largas na confecção preveniam alterações futuras do corpo, herança para irmãos mais novos ou para quem viesse a aproveitar o que não servia. Era o tempo do homem levar fato coçado ao alfaiate para trocar o lado exposto do tecido. De qualquer mulher saber fazer bainhas e casear. Hoje, basta tédio ocasional para mergulho no comprar como pílula da felicidade.
Há trinta e seis anos, não acabava o mês sem alguma poupança familiar à custa de parcimónia. Os livros escolares passavam do filho mais velho para o benjamim. Forrados com papel não se estragasse a capa. Industriadas as crianças para deles cuidarem.
Há trinta e seis anos, ganhava o planeta: muita energia economizada pelo hábito de ir a pé ou no transporte público e de conservar bens; pela alimentação saudável _ na lancheira da criançada, pão com manteiga ou fatia de queijo. Por inventar os bolicaos.
Passados trinta e seis anos, desfeita a euforia do desejo-quero-tenho, o porta-moedas furado dos cidadãos, o aumento das doenças cardiovasculares e outras que a sociedade fast e fútil tem acrescido obrigam a repensar hábitos. De novo, procurado o sapateiro e a costureira. Negar bens supérfluos tem, a cada dia, mais adeptos. Em vez de automóvel, palmilhar distância ou ultrapassá-la nos confortáveis meios públicos.
Passados trinta e seis anos em liberdade, começamos a saber usá-la. Ganha o planeta, ganham os portugueses.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros